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sexta-feira, novembro 29, 2013

PRAÇA XV





- O ponto final desse ônibus é na Praça XV? - foi o que ela me perguntou logo que sentou ao meu lado no ônibus.
- Não, ele passa por lá, mas o ponto final é na Tijuca.

E assim começamos a conversar. Ela mora em Niterói, tinha vindo ao dentista em Copacabana. Precisa tirar os sisos. Nasceu perto de Minas e já morou no Rio.

E naquela cumplicidade estranha que acontece entre desconhecidos, me contou que estava nervosa porque iria encontrar um rapaz com quem já estava conversando há algum tempo pela internet. Mas ressaltou que uma amiga dela o conhece pessoalmente há muito tempo.

Estava preocupada se o cabelo estava arrumado e comentou que o rapaz é careca. Rimos e chegamos à conclusão que ela estava em vantagem: mesmo que o cabelo não estivesse do jeito que ela gosta, pelo menos ela tem cabelo...

Calor, engarrafamento... e a ansiedade crescia nela. "Será que ele vai me reconhecer?"

O celular anuncia que chegara uma mensagem. Era ele, avisando que já estava chegando. E o nosso ônibus preso no engarrafamento. No olhar, um misto de timidez, curiosidade e nervosismo.

Finalmente, o ônibus chega ao ponto. Sorrimos e nos despedimos. "Boa sorte!"

Ela desce, com passos apressados. O ônibus sai. Eu nunca vou saber o fim da história. Mas meu coração se aquece e torce para que o encontro tenha sido feliz. Vou embora com um sorriso nos lábios e outro nos olhos.

segunda-feira, setembro 24, 2012

BALAIO MUSICAL 4.3 (23 - E sara'A Settembre)

Nas minhas buscas por músicas que tenham "Setembro", conheci várias que ainda não tinha ouvido e reencontrei outras.

Entre as que reencontrei, estava essa aqui, que é linda demais. Então, como deixar de fora do meu balaio musical especial de aniversário? 

p.s.: não me pergunte porque em inglês o nome da música ficou tão diferente do original italiano...






A tradução está aqui:
E será em Setembro


sexta-feira, setembro 21, 2012

BALAIO MUSICAL 4.3 (22 - A Chuva)

Eu sempre gostei de chuva. Quando pequena, nas noites de tempestades, daquelas com raios e trovões, eu grudava meus olhinhos na janela, e apreciava admirada aquele espetáculo da natureza. Tomar banho de chuva lava a minha alma...

Então, não poderia faltar nesse meu balaio especial de aniversário uma música sobre esse tema. E dentre tantas músicas que falam de chuva, escolhi um fado, talvez para lembrar a origem de meus antepassados maternos (os meus antepassados paternos eram indígenas; será que vou ter música de índio aqui?)






segunda-feira, setembro 17, 2012

BALAIO MUSICAL 4.3 (19 - Monte Castelo)

AMOR talvez seja a palavra mais repetida, mais mal compreendida, mais mal interpretada e mais banalizada dos nossos tempos. Isso daria um texto enorme, mas não vou escrever sobre isso.

Dois dos melhores textos sobre o amor, um do apóstolo Paulo e outro do poeta Luiz de Camões foram feitos um por Renato Russo e viraram um clássico do nosso bom pop-rock nacional: Monte Castelo, do Legião Urbana.





E  no final, o AMOR vence!


terça-feira, setembro 04, 2012

BALAIO MUSICAL 4.3 (08 - Noites com Sol)

Algumas músicas entram na vida da gente, marcam um momento e ficam na nossa memória pra sempre. 

Noites com Sol é assim: fez parte de uma história muito bonita e hoje tem um cantinho especial no meu coração.





Noites com Sol
Flávio Venturini e Ronaldo Bastos

Ouvi dizer que são milagres noites com sol
Mas hoje eu sei não são miragens noites com sol
Posso entender o que diz a rosa ao rouxinol
Peço um amor que me conceda noites com sol

Onde só tem o breu
Vem me trazer o sol
Vem me trazer o amor
Pode abrir a janela
Noites com sol e neblina
Deixa rolar nas retinas
Deixa entrar o sol

Livre será se não te prendem constelações
Então verás que não se vendem ilusões

Vem que eu estou tão só
Vamos fazer amor
Vem me trazer o sol
Vem me livrar do abandono
Meu coração não tem dono
Vem me aquecer nesse outono
Deixa o sol entrar

Pode abrir a janela
Noites com sol são mais belas
Certas canções são eternas
Deixa o sol entrar




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sábado, setembro 01, 2012

BALAIO MUSICAL 4.3 (05 - Home)

Quando comecei essa contagem (ou "cantagem") regressiva musical, eu disse que colocaria aqui músicas que me marcaram por algum motivo.

Essa música me foi apresentada por um amigo, que contou que quando a ouvia, sentia saudades da esposa. Achei tão bonito isso! Afinal eles eram (e continuam) casados, moram na mesma casa e se veem todo dia. E ele sentia saudades dela ao ouvir essa música.

Talvez eu goste dela por me fazer sonhar com o futuro...

Com vocês, Home, com Michael Bublé.



Se quiserem conferir, aqui estão a letra e a tradução.



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terça-feira, novembro 22, 2011

AMOR NÃO É DOCINHO, BEBÊ

As redes sociais nos permitem entrar em contato e "conhecer" pessoas que, de outra forma, talvez nunca conhecêssemos

O Tom Fernandes é uma dessas pessoas, followed no Twitter e amigo no Facebook. Hoje, no seu blog "pequenos dramas", li um de seus textos e resolvi publicá-lo aqui. 

Boa leitura! E visitem o Tom, ele é crítico, divertido e acho que vocês vão gostar.





Tom Fernandes


O amor está em maus lençóis. A paixão se encontra banalizada, numa rima pobre com liquidação. Saudade é coisa que passa com prozac e uma webcam qualquer. Se a felicidade já é quase um direito fundamental do ser humano, já já garantido por constituição, logo logo teremos umas nova leva de manifestantes se mobilizando em alguma occupymyheart da vida. E, o pior, uma safra de poetas adocicados e felizes-sem-fim se reproduz por osmose.

As crianças do meu tempo falávamos de ninjas e policiais e todos tinham na ponta da língua as técnicas para prender bandidos e invocar a poderosa Genki Dama. As crianças de hoje falam de amor com a mesma propriedade e profundidade. Ângelo Gaiarsa sofreria derrame pleural de ver tantos especialistas absolutos no mais obtuso e pantanoso campo da experiência humana.

O que mais me espanta nestes novos poetas da ágora virtual é a facilidade para falar de amor, alegria, gozo, prazer, satisfação. Não que não nos apaixonássemos no colégio e na faculdade, mas sabíamos a dor daquilo, sabendo-o efêmero e temerário. E atravessava-se todo o colegial com a mesma paixão a consumir tempo, sono e inúmeras resmas de papel, por fim destinadas ao lixo.
Hoje tenho visto gente dizendo “eu te amo mais que tudo” com lágrimas nos olhos para três ou mais em menos de um ano! E não que a pessoa seja falsa, leviana ou vulgar, ela apenas acha que toda sensação diferente de fome, sono e cansaço seja amar. E amar dessa maneira não encontra limites, nem fronteiras, virou até mote de empresa de celular (lógico que a rima não podia faltar).
E o amor passado? Não valeu, óbvio, porque a atual juventude amante aprendeu que o amor é uma sensação anfetaminizada e seus poetas estão sempre em busca da próxima dose, do próximo pico. Não cultivam mais carinho pela namoradinha do pré, não olham mais de rabo de olho ao passar pela rua da menina do vôlei. Hoje o amor vive-se em ondas, total wireless, sem cabo, conexão alguma (nem com a realidade).
Hoje não se respeita o vaticínio de Drummond sobre ser poeta e a difícil arte de escrever sobre o amor. Talvez venha daí essa profusão de duplas sertanejas universitárias e autores e perfis adocicados nas redes sociais. Desculpe-me, mas não suporto ler mais nada de Caio Fernando Abreu. O que ele escrevia sobre amor é uma afronta a Chico, Caetano, Vinícius e Tom. As canções da Paula Toller têm mais alma, experiência e peso que esse falecido (sim, Caio morreu há mais de cinco anos) ícone da poetosfera.

Antes que você me chame de ranzinza, mal amado ou frio (a quem quero enganar, você já está pensando tudo isso de mim) quero dizer umas últimas palavras. Você está apaixonado e quer viver este amor como se fosse o último? Vá lá, mergulhe e seja feliz durante o tempo em que conseguir prender a respiração. Mas não se esqueça de ser ridículo, de sofrer também da angústia de ter de voltar à tona e respirar. Como disse Cartola, o profeta do amor partido alto: Vai chorar, vai sofrer, isso acontece!

Termino deixando claro que amo os amantes, vibro e torço pelos amigos que amam. Mas amar não os torna poetas e especialistas no amor, assim como respirar não nos torna especialistas em pneumotórax e andar não nos dá gabarito pra prescrever como alcançar os altos cumes do Himalaia. Já disse Zeca Baleiro: As canções de amor se parecem porque não existe outro amor!


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sexta-feira, junho 11, 2010

AH, O AMOR...

Essa semana, visitando os blogs que sigo, cheguei no Folha Tremulante... , escrito pela minha amiga Simone, e encontrei um texto lindo, falando sobre amor. Gostei tanto que pedi autorização a ela e publico o mesmo aqui.




Ah, o amor... 
Silastie

Na próxima semana teremos a data brasileira para o dia dos namorados, não sei se por essa razão ou por nada muito específico resolvi escrever sobre o amor. A minha idéia de amor, talvez um pouco inusitada ou por demais romântica para muitos, mas é o que acredito que seja o amor verdadeiro.
 
Acredito em um sentimento tão raro e sublime que seria impossível não ser correspondido. Muito diferente do “gostar de alguém”, muito mais simples do que o “estar apaixonado”. 

Com o passar do tempo comecei a perceber que aquela idéia ingênua de que seria simples ter um relacionamento onde haja amor não é nada simples. E o que ouvi muitas vezes de amigos ou de mim mesma, querer alguém que apenas me ame e a quem eu ame. Isso é muito mais complexo que minha mente adolescente poderia possivelmente imaginar. Com o passar do tempo comecei a perceber que estar com alguém, seja casado ou namorando não significa que você ame ou seja amado. Sentimento é sempre algo bem controverso e é difícil em meio a um turbilhão de emoções você não acreditar verdadeiramente que está amando e finalmente encontrou o tão sonhado “amor da sua vida” até que o sonho acabe.

Não estou dizendo que não acredito no amor, muito pelo contrario sou uma romântica incurável. Não saberia duvidar dele nem por um minuto.

A questão é que nos últimos anos, especialmente depois dos 30, comecei a analisar mais de perto os relacionamentos de amigos, parentes e colegas, e cheguei a uma conclusão um pouco arrasadora... O amor, aquele genuíno, é um sentimento muito raro e são muito poucos os que realmente o encontram. Isso independe de estar solteiro ou casado, viver bem ou não no seu relacionamento. 

O que eu entendo por amor é um conjunto de coisas simples que acabam por forjar o mais complexo dos sentimentos.

Encontrar na ternura do olhar do outro o abrigo e refúgio para todo o mal, ao lado da pessoa amada sentir-se protegido. E ter o desejo intenso de proteger aquele a quem se ama de toda e qualquer dificuldade. 

Conseguir fazê-lo sorrir quando ele está cansado, e saber que o abraço que ele te oferecerá terá o mágico poder de fazer toda a dificuldade do seu atribulado dia ir embora.

Amar é querer andar de mãos dadas no parque, escrever bilhetinhos com palavras de carinho feito dois adolescente, isso independente da idade ou fase da vida na qual encontram-se. 

Quando se ama de verdade não importa o quão maravilhoso é o lugar onde se está, se o outro não estiver junto nada terá graça, porque no fundo você imagina que com aquela pessoa tudo seria mais divertido e mais bonito. Isso não significa que você pare de viver quando estiverem distantes um do outro, mas que acreditam que estar juntos é mais belo que qualquer outro prêmio.

Quem ama não consegue estar em um lugar legal e não lembrar da pessoa amada. Não pegar uma conchinha na areia da praia e levar de lembrança. 

Difícil não ver algo do qual o outro se agradaria e não lembrar instantaneamente da risada de satisfação que o outro daria se estivesse ali, e assim difícil não sorrir lembrando com ternura do seu amado distante e sentir aquela saudade que aperta o peito mas que ao mesmo tempo te traz alegria por saber que em breve estarão juntos novamente. 

Sabe quando você olha para a pessoa e vocês conseguem entender o que um e outro estão pensando e sem pronunciar uma única palavra os dois caem em uma gargalhada submersa em cumplicidade? Isso é amar.

Saber estar em silêncio e oferecer um abraço ou o ombro, e saber que poderá contar com isso quando você também precisar.

Ter uma musica secreta, que foi escolhida para embalar o romance. Ter prazer em dormir abraçado, ficar horas se olhando, perder-se no tempo enquanto conversam seja lá sobre qual assunto for. Não importa, o que vale é estarem juntos, rirem juntos, chorarem juntos, trocar juras de amor eterno. E acima de tudo entender que são abençoados e que foram agraciados com o mais sublime dos presentes, viver um grande amor.

Quem ama volta a ser criança, brinca de roda, de pipa, vai ao parque, come pipoca e algodão doce e tudo isso parece ser o programa mais divertido do mundo.

Quem ama também tem jantares românticos , regados a boa comida, bom vinho, boa conversa e muito carinho e ternura.

Outro dia ouvi o comentário de uma amiga, que na minha opinião encontrou esse amor de que falo. Ela disse algo como, depois de 12 anos ainda sinto um arrepio na espinha quando ele me beija. Quem ama de verdade guarda sempre o desejo dos primeiros dias de namoro, não importa o quanto o tempo passe ou o quanto fiquem juntos.

Quem encontra o amor verdadeiro terá sempre o melhor amigo no amado, pois tal cumplicidade não é possível ser encontrada em outra pessoa.
Quem ama de verdade espera sinceramente poder envelhecer junto, e entender que cada momento vivido ao lado da pessoa amada é muito, mas muito precioso...

“I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping
While you're far away and dreaming

I could spend my life in this sweet surrender

I could stay lost in this moment forever

Every moment spent with you

Is a moment of treasure...” 
(Diane Warren)



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domingo, setembro 23, 2007

C.S. LEWIS E A TORCIDA DO FLAMENGO

Outro dia, um amigo me mandou esse texto:

“Amar é sempre ser vulnerável.

Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir.

Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, você não deve entregá-lo à ninguém, nem mesmo a um animal.

Envolva o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde o na segurança do esquife de seu egoísmo.

Mas nesse esquife – seguro, sem movimento, sem ar – ele vai se transformar, mas não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável, irredimível.

A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação.

O único lugar além do céu onde se poderia estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e perturbações do amor seria o inferno.”

C.S Lewis - Os quatro amores


A torcida do Flamengo, numa daquelas músicas que cantam durante o jogo, fez um resumo curto e grosso do que disse C. S. Lewis:

"Acabou o amor! Isso aqui vai virar o inferno!"


Calma, calma!!!
Não estou dizendo com isso que estou vivendo o inferno do não amar! De forma alguma! Eu estou amando... melhor: eu sou amando! Há tantas pessoas, coisas, momentos para serem amados!
Só que gostei da ligação desses dois seres tão distintos - um escritor cristão do século passado e uma torcida de time de futebol - que resolvi postá-los aqui...

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sexta-feira, julho 06, 2007

DON'T GIVE UP

Tem dias em que a gente queria dizer tanta coisa, mas parece que tudo fica preso dentro da gente...

Tem horas que tudo o que a gente precisa é se sentir querido, se sentir amado... e quantas vezes procuramos no lugar errado esse amor...

A verdade é que o amor de Deus por nós é o único em quem podemos confiar de verdade... mesmo quando as coisas não acontecem da forma como nós gostaríamos...

A letra dessa música fala de um amor assim. Acho que ela não foi escrita para descrever o amor de Deus por nós, mas pra mim, essa pode ser uma das interpretações...

Pra quem quiser o vídeo, o link é esse: http://www.youtube.com/watch?v=ls7ila3srzI


You Are Loved (Don't Give Up)

Don't give up
não desista
It's just the weight of the world
é apenas o peso do mundo

When your heart's heavy
quando o seu coração estiver pesado

I will lift it for you
eu o carregarei pra você

Don't give up
não desista
Because you want to be heard
porque você quer ser ouvido

If silence keeps you
se o silêncio prender você

I will break it for you
eu o quebrarei por você


Everybody wants to be understood
todo mundo quer ser compreendido
Well I can hear you
bem, eu posso lhe ouvir
Everybody wants to be loved
todo mundo quer ser amado

Don't give up
não desista

Because you are loved
porque você é amado


Don't give up
não desista
It's just the hurt that you hide
é só a mágoa que você esconde

When you're lost inside
quando você estiver perdido dentro de você
I'll be there to find you
eu vou estar lá para lhe achar


Don't give up
não desista

Because you want to burn bright
porque você quer brilhar
If darkness blinds you
se a escuridão cegar você
I will shine to guide you
eu vou brilhar para lhe guiar


Everybody wants to be understood
todo mundo quer ser compreendido
Well I can hear you
bem, eu posso lhe ouvir

Everybody needs to be loved
todo mundo quer ser amado
Don't give up
não desista
Because...you are loved
porque você é amado


Don't give up
não desista

It's just the weight of the world
é apenas o peso do mundo
Don't give up
não desista

Everyone needs to be loved
todo mundo precisa ser amado
You are loved
você é amado

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Como diz um amigo,
NEVER GIVE UP,
NEVER SURRENDER!

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domingo, julho 01, 2007

O AMOR DORME

Hoje eu achei essa letra dos Paralamas do Sucesso, do cd Severino, de 1997.
Depois eu escrevo mais, só não queria deixar passar e acabar esquecendo...



O AMOR DORME

Todo amor dorme
Numa caixa, numa gaveta, numa sala escura
Que às vezes visito
Como hoje num sonho
Como Deneuve entre os pombos
A abençoar seus queridos
E o tempo, senhor dos enganos
Apaga os momentos sofridos
E aqui te traz vez por outra
A passar umas horas comigo
Ficamos nós dois entre sonhos
De amores novos e antigos
Te beijo no escuro silêncio da sala
Que às vezes visito



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segunda-feira, abril 16, 2007

PARA QUE SERVE UMA RELAÇÃO?

Hoje recebi esse texto de uma amiga, a Andressa. Já o conhecia há algum tempo... é realmente muito interessante!

Eu sempre gostei dos escritos do Dráuzio... comecei lendo Carandiru, depois um livro meio autobiográfico sobre a infância passada num bairro de São Paulo, li também Por um fio, relato lindo de pessoas que estavam com sua vida por um fio...

Brigadão, Andressa!




Para que serve uma relação?
Drauzio Varela

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara um omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.


Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

Se entendêssemos assim, não haveria tantas pessoas sozinhas...


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quinta-feira, março 08, 2007

MULHERES

Hoje, 8 de março, "Dia Internacional da Mulher", recebi de uma amiga esse texto do Veríssimo. Tô postando-o aqui, e dedicando-o a cada uma das minhas amigas... e a cada um dos meus amigos que sabem reconhecer o valor da mulher em suas vidas! (E quem ainda não sabe, que aprenda! rsrs)




"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto-sentido. Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?


E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?

E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!

"Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça..." Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...

O sexto-sentido não faz sentido!
É a comunicação direta com Deus!

Assim é muito fácil...

As mulheres são mães!
E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?


E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...

Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?
Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...
É choro feminino. É choro de mulher...


Já viram como as mulheres conversam com os olhos?
Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.

Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.

Quantos tipos de olhar existem?
Elas conhecem todos...

Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.
EN-FEI-TI-ÇAM !


E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas? Para estudar os homens, é claro! Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro". Quer evidência maior do que essa? Qualquer um que ama se aproxima de Deus. E com as mulheres também é assim.

O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor.
Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.

É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.

Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam. Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso. E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora."

(Luís Fernando Veríssimo)

segunda-feira, junho 12, 2006

AMOR DE OUTONO



Daqui a pouco chega o inverno.

E nesse finzinho de outono tropical, onde dias de sol se misturam com noites quase frias, lembro do outono que passei no outro hemisfério... A visão dos parques com suas árvores em tons amarelo e vermelho, o tapete de folhas cobrindo o chão... Parecia cena de filme... com a diferença que eu estava lá, ao vivo.

E ao falar do outono, me lembro da primavera, que vinha chegando devagarinho, aparecendo sob a forma de uma folhinha brotando num galho seco, uma flor colorida e feliz saindo do meio da neve que começava a derreter...

Penso que a nossa vida também é vivida em estações. Que muitas vezes não seguem a mesma ordem das estações do ano: primavera, verão, outono, inverno. Mas todos passamos por elas.

Quem nunca viveu uma primavera, onde a vida renasce, forte, intensa, depois de uma temporada de solidão e frio?

Quem nunca passou por um verão, onde tudo se torna mais colorido, mais vivo, mais intenso, com cheiro de sol e gosto de mar?

Quem nunca viveu um outono, onde os frutos amadurecem, as folhas mudam de cor, as sementes são preparadas para enfrentar o inverno?

E quem nunca passou por um inverno? Quem nunca sentiu aquele vento frio que parece nos cortar a alma, que rouba o calor que nos resta e nos congela o coração?


Muita gente sucumbe ao inverno... mas para os que sobrevivem, a certeza da primavera que chega é consolo mais do que suficiente para enfrentar o frio que nos deixa acuados, tiritando, nos escuros caminhos da solidão.

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A poesia abaixo é de um amigo meu, Roberto Amorim, mineiro de BH, marido da Haline.
Sempre gosto do que ele escreve, e essa poesia tirei do blog dele:
http://www.smalltalk.com.br/blogs/blog/poesia

AMOR DE OUTONO

Quando as almas se enlaçam
O calor, se não o mesmo,
Se entranha;
Passam folhas, passam flores
Mas o tronco e as raízes
Permanecem,
Sobrevivem ao inverno
E florescem
Ao chegar
A primavera.
Amor que espera,
Amor que entende
Que aquece
Sem ser quente
Confortável, ternamente
Se afirma
Em valores permanentes
Na raiz do sentimento
E do tempo.
Amor de outono
Tão ameno,
Duradouro,
Tão dourado
E precioso
Vence o inverno,
A dor e a morte;
Amor eterno.

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