terça-feira, dezembro 29, 2009

NOVO ANO, NOVO TEMPO


Ao fim de cada ano eu reflito sobre o ano que está acabando e o que está para chegar, tento lembrar das conquistas e dos fracassos, ver onde eu acertei e onde poderia ter agido diferente... e definir os objetivos do próximo ano. Nada demais, muitas pessoas fazem a mesma coisa.

Bem, quando comecei a pensar nisso, vi que preciso começar a anotar as coisas que acontecem, porque tive que me esforçar para lembrar de algumas delas. Talvez por isso estou com o sentimento de que 2009 está com o saldo negativo. Então, resolução nº 2: comprar uma agenda nova e lembrar de anotar os fatos, bons ou não, para ter uma melhor avaliação do que vou viver em 2010. (A resolução nº 1 já estou colocando em prática: voltar às minhas caminhadas matinais, meu momento de exercício e reflexão diários.)

Realmente 2009 não foi um dos meus melhores anos, e deixou algumas feridas. Mas, como diz um amigo meu, é melhor se desiludir do que viver na ilusão; viver na ilusão é viver o irreal.

Mas coisas boas aconteceram, claro. Conheci pessoalmente muitas pessoas que só conhecia pela net; visitei lugares que ainda não conhecia; me aproximei de amigos especiais; pude ver de perto a final do Campeonato Brasileiro no Maracanã, com o Flamengo sendo campeão...

De tudo o que aconteceu, uma coisa ficou marcada, tanto nos bons quanto nos maus momentos: o cuidado de Deus comigo, nas mais diferentes formas: falando através da Palavra; falando de formas mais subjetivas, mas que foram confirmadas na Palavra; suprindo algumas necessidades de forma muito clara. O interessante foi perceber que mesmo nas situações onde a tristeza superou a alegria pude perceber muito claramente esse cuidado.

Em 2009, muitas coisas não deram certo. Mas as coisas não dão certo: nós é que fazemos com que elas deem certo, como diz um texto do Ed René Kivitz. Então, a resolução nº 0 para 2010 é fazer com que as coisas deem certo... e pedir sabedoria a Deus para ver que se algo parece que deu errado, na verdade também deu certo.

Ano novo, esperança nova, num tempo novo.






FELIZ 2010!
Que em 2010 sua vida dê certo!  






sexta-feira, dezembro 25, 2009

JÁ É NATAL (6) - Mary did you know?

Uma das coisas que sempre me intrigou na história de Natal e de Jesus como um todo, foi a relação dele com Maria, sua mãe.

Maria devia ser uma adolescente quando recebeu a visita do anjo. O que será que se passou na cabeça dela quando soube que através dela Deus enviaria Jesus ao mundo? Será que ela tinha consciência plena de quem era Jesus? Será que quando ela olhava para aquele bebezinho no seu colo, ela via o EU SOU?

Bem, o autor (que eu não sei quem é) de "Mary, did you know?" fez essa e várias outras perguntas para Maria. Desde que conheci essa música, em 1997, ele faz parte do meu repertório natalino. Aqui, ela é cantada por um amigo virtual do orkut, o Tiago Costa.





FELIZ NATAL!!!
Que as suas perguntas sempre lhe levem para junto de Deus.

quinta-feira, dezembro 24, 2009

JÁ É NATAL (5) - Bela estrela, a mais bela poesia

Uma das vantagens da internet é que a gente sempre conhece outras pessoas e algumas delas valem a pena. Eu já conhecia o Thiago Azevedo de ouvir falar, por um amigo que temos em comum, mas passei a conhecê-lo um pouquinho mais depois de ler os seus blogs, Descanso da Alma e Manga e Poesia .

E num passeio pelos escritos do Thiago, achei uma poesia linda, que publico aqui:


BELA ESTRELA
Thiago Azevedo 

Uma estrela grita
Para longe no horizonte
Bem além de onde a vista avista
Bela estrela que guia
Os caminhantes perdidos
Na escuridão da vida
Rumo a um destino
A lhes dar guarida.

Estrela guia
Os simples e humildes
Que dormem sob sua luz
Ansiando um novo caminho
A dar boa paz, paz que reluz
De dentro da alma, dos corações
Estrela que anuncia
Boas novas de vida
Boas novas de paz.

Estrela de paz
Que trazes o que nasceu
E amor e vida nos deu
Pequena estrela
Veio nosso caminho iluminar
Um caminho de trevas
Um caminho sem paz
Bela e maravilhosa estrela
Que se chama amor
Que provém do Pai
Anuncia as boas novas de luz
Nos conduz de volta ao lar.




E falando de Natal e de poesia, me lembrei de uma música linda, de um outro amigo, Silvestre Kuhlmann, que nasceu poeta. Uma das suas músicas tá nesse video abaixo. Pena que no vídeo o finalzinho da música foi cortado, mas a letra está inteira aqui. 


A MAIS BELA POESIA
Silvestre Kuhlmann 

Esta é a mais bela poesia
Ver o Rei numa estrebaria
Esta é a mais bela poesia
O Deus onipotente
Dependente do colo de Maria


Esta é a mais bela poesia

Aquele que forjou o universo
Trabalhou numa carpintaria
Aquele que cavalga nas asas do vento fez
Do jumentinho sua montaria


Esta é a mais bela poesia
Ver Jesus em nosso dia-a-dia
E no meio dessa correria
Fazer com ele parceria, melodia
E ver no simples a mais bela poesia.




 


FELIZ NATAL!
Que em sua vida sempre haja música e poesia, porque Deus é poeta e nós somos poema dele.




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segunda-feira, dezembro 21, 2009

JÁ É NATAL (4) - Já é Natal na Leader Magazine...



Eu vim de uma família grande, bem grande. Minha mãe tem doze irmãos e meu pai, nove. Esses meus dezenove tios tem uma média de quatro filhos, o que me deixa com cerca de 76 primos de primeiro grau. Todos os meus primos são casados e quase todos tem filhos, o que  faz com que eu tenha mais de cem primos de segundo grau. Ah! Eu tenho uma filha, dois irmãos, três sobrinhas...

E na minha família, marido de tia também é tio, mulher do primo também é prima e por aí vai. Então, imagina como eram as festas de fim de ano!

Bem, o que mais me lembro da época de Natal dos meus tempos de criança era a alegria por encontrar tanta gente, pois muitos moravam longe e ficávamos sem nos ver o ano todo. É lógico que como toda criança, estávamos ansiosos por nossos presentes, mas isso não era o principal.

Meu fim de ano era uma correria. A família da minha mãe, minha avó e a minha bisavó, todos batistas, moravam na mesma cidade que eu, Teresópolis. Meus avós paternos, muito católicos, moravam numa outra cidade, muito pequena, ainda no estado do Rio, mas já pertinho de Minas. A rotina era passar a noite do dia 24 na igreja, quando tinha culto, seguir para a casa dos meus avós paternos no dia 25, onde um grande almoço reunia boa parte da família do meu pai, e na volta dar uma passada na casa da minha avó materna. No dia 31 de dezembro passávamos a noite na igreja e o dia na casa da minha avó materna, onde acontecia o amigo oculto e um almoço.

Sinto saudade dessa época, em que o nascimento de Jesus era comemorado e o maior presente era poder estar com quem se ama, se sentir amado, se sentir parte da família, pertencer.

Hoje, infelizmente, dificilmente vejo esse “clima de Natal” nas pessoas. Todo mundo parece muito mais preocupado com os preparativos da festa e a compra de presentes do que com o sentido do Natal. Vitrines enfeitadíssimas convidam ao consumismo, num mundo em que o ter passou a valer mais do que o ser. Pessoas saem do supermercado com todos os ingredientes da ceia de Natal, mas nem percebem o menino sujo, esfarrapado e faminto sentado na calçada. Enquanto carregam sacolas e mais sacolas de presentes, não têm tempo de perceber a tristeza e a solidão no olhar de muitos com quem esbarram nos corredores lotados dos shoppings.

Alguns dizem que a culpa é da pós-modernidade, essa fatia do tempo em que estamos vivendo e que ensinou as pessoas a serem cada vez mais preocupadas com o eu e se esquecerem do nós. Pode ser que sim, pode ser que não. O que hoje é muito claro para mim é que vivemos a cultura do descartável: amo-muito-tudo-isso enquanto me der prazer, enquanto me for útil, enquanto eu puder tirar alguma vantagem; quando isso acabar, simplesmente descarto, sem ter o trabalho de me envolver, de me comprometer. Aliás, acho que essas são as palavras-chave: envolvimento e comprometimento. A maioria das pessoas quer distância delas e do que elas significam.

Mas o que me incomoda de verdade é ver que isso acontece entre os que se declaram cristãos. Penso na parábola do bom samaritano e me pergunto se no cristianismo pós-moderno tem lugar para o próximo ou se o eu tomou todo o espaço. E se não houver, ainda pode ser chamado de cristianismo?

Talvez seja menos complicado deixar essas perguntas de lado. Porque se formos pensar, talvez nos deparemos com a nossa própria falta de envolvimento e comprometimento. Então, comemoremos! Afinal, já é Natal na Leader Magazine!






FELIZ NATAL!
Que o sua vida seja marcada pela simplicidade do menino que teve a manjedoura como berço.




ps: Para quem não conhece, a Leader é a loja que tem o jingle “natalino” que mais gruda na minha cabeça, todo ano, nessa época: "Já é Natal na Leader Magazine..."


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sábado, dezembro 19, 2009

JÁ É NATAL (3) - Músicas tradicionais

Por mais que a gente tente inovar, algumas músicas parecem estar tão ligadas ao Natal que fazem falta quando não são tocadas. Essas quatro aqui são alguns exemplos.




















FELIZ NATAL!
Que o amor de Deus sempre seja a melhor música da vida.



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terça-feira, dezembro 15, 2009

JÁ É NATAL (2) - A lenda da bengalinha









Por essas voltas que o mundo dá, e pelas oportunidades que a vida nos apresenta, e porque Deus me deu a chance, eu tive a alegria de ter um “White Christmas”, um Natal com neve. E o mais interessante foi que a primeira neve daquele inverno começou a cair no dia 24 de dezembro, o que era muito tarde para a cidade em que morei, Chicago, nos Estados Unidos.

Bem, é muito interessante ver o clima de festa que se instala na cidade. Em novembro, já com muito frio, a cidade começa a se transformar. Engraçado que nós, moradores dos trópicos, costumamos associar a neve ao frio intenso e isso não é verdade. A neve só cai quando a temperatura está em torno de -3°C, o que quer dizer, no inverno lá de cima, que nem é tão frio assim... A neve pode se manter por semanas ou meses nas ruas por causa dos termômetros abaixo de zero, mas para nevar, a temperatura não pode estar muito fria.

E por mais que os Estados Unidos sejam o maior representante mundial do capitalismo, as pessoas parecem realmente viver um sentimento diferente nessa época. Você já imaginou andar nas ruas do Centro do Rio de Janeiro ou de São Paulo e ser cumprimentado por quase todo mundo que passa por você, com desejos de Feliz Natal, Feliz Ano Novo, Boas Festas? Pois eu vivi isso lá.

Eu sempre gostei de decoração de Natal. E morando em outro país, vi que a gente decora tudo quase igual a eles, com a diferença que temos um sol de 40°C sobre nossas cabeças, o que faz com que nossa neve seja de isopor ou algodão...

Um dos objetos mais usados na decoração lá – e nem tão usado aqui – é o “candy cane”, aquela bengalinha branca, que na verdade é uma bala de menta, bem gostosa por sinal, apesar de ser muito dura.

E há pouco tempo, eu descobri que uma lenda ronda a tal bengalinha.

Bem, lá no hemisfério norte, no tempo em que ainda não havia sido inventada a chupeta, os pais costumavam dar uma barrinha de açúcar para “acalmar” as crianças e os bebês. Um dia, por volta de 1670, o regente de um coro alemão colou essas barrinhas num cajado de pastor e as distribuiu para as crianças que estavam no culto de Natal. A partir desse momento, foi criado um costume que se espalhou pela Europa e as bengalinhas, enfeitadas com flores, passaram a ser usadas como decoração de Natal.

Lá pelo ano 1900, a bengalinha branca recebeu suas tradicionais listras vermelhas e o sabor de menta. E aqui se inicia a lenda: um doceiro do estado de Indiana, nos Estados Unidos, planejou o doce para contar a história do Natal.

A forma é o seu símbolo mais óbvio: dependendo da sua posição, é um J, de Jesus, ou pode ser o cajado de um pastor. Bem, os primeiros a receber a notícia do nascimento de Jesus foram os pastores, e Jesus mesmo disse que ele era o Bom Pastor, aquele que cuida, alimenta e lidera suas ovelhas.

O doce da bengalinha nos lembra que somos alimentados pelo Evangelho.
A dureza nos lembra que Jesus é a nossa rocha, nosso refúgio e fortaleza.
A brancura, que Jesus nasceu de uma virgem, permaneceu sem pecar por toda sua vida e nos purifica dos nossos pecados.

A bengalinha tradicional tem três listras finas e uma listra larga, todas vermelhas e pode ter uma listra verde.

A listra vermelha larga se refere ao sangue que Jesus derramou na cruz por nós; as listras finas, aos açoites que Jesus levou e através dos quais nós somos sarados.

Para algumas pessoas, a listra vermelha larga também pode se referir a Deus Pai e as listras finas, à trindade.

A listra verde representa o presente que Deus nos deu: a salvação através de Jesus (no hemisfério norte, a cor verde costuma ser associada ao ato de doar ou presentear).

O sabor de menta da bengalinha moderna é similar ao do hissopo, que no velho testamento é associado à purificação e ao sacrifício.

Talvez tudo isso seja só uma lenda. Mas que é bem interessante ver a história da nossa salvação resumida numa bengalinha doce, isso é!

  

FELIZ NATAL!
Que sua vida tenha o açúcar necessário para manter sua cabeça nas nuvens e a menta suficiente para manter seus pés no chão.



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segunda-feira, dezembro 14, 2009

JÁ É NATAL (1) - Aleluia, versão soul

Daqui a dez dias já é Natal!

Para começar a comemorar a data, mesmo que eu ainda não tenha entrado no clima natalino, aí vai uma versão muito boa de uma música muito antiga: Aleluia, do Messias de Handel, na visão soul de Quincy Jones.

Infelizmente, não achei o vídeo original da gravação, e o único que encontrei com a música original foi esse. Os outros vídeos eram corais cantando a música, e, pena, nem chegam aos pés da versão original do Quincy.




FELIZ NATAL!
Que a presença de Jesus traga paz ao seu coração, esteja você na calmaria ou na tempestade.



ps.: Essa música se encontra nesse CD ao lado... se alguém encontrar, pode me dar de presente... rsrsrs






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terça-feira, dezembro 08, 2009

BALAIO MUSICAL (3)

O meu balaio hoje me trouxe uma música que fez muito sucesso no início dos anos 80 e que marcou meu final de infância/início de adolescência.

Me lembro que a letra dela foi estudada em uma das aulas de conversação do meu curso de inglês e que algumas frases ficaram pra sempre na minha mente.

Uma delas diz que "quando estou pra baixo e me sentindo triste, eu fecho os meu olhos e então posso estar com você". Hoje eu me peguei pensando nisso... Quando me sinto assim, quem eu vejo quando fecho os meus olhos? Com quem eu gostaria de estar?

E você? Quem está nos seus pensamentos num momento assim?





P.S.: Todas as traduções que eu achei estavam péssimas, com muita coisa errada; melhor se aventurar a tentar entender o inglês:  Nikka Costa, On my own

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domingo, dezembro 06, 2009

“VOU SENTAR DO LADO SEU...”

Hoje fui apresentada pela Cristina Danuta a um blog muito interessante, o Timilique! .
Logo de cara encontrei um texto tão doce, tão verdadeiro, que me emocionei e resolvi postá-lo aqui, avisando a dona do blog, claro.

Espero que vocês gostem, assim como eu gostei.



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“Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”
Livro de Amós , capítulo 3, verso 3



Antes do jantar, Valéria, 2 anos, apontando para si mesma, instruiu vagarosamente a avó:

-‘Vovó, eu vou sentar do lado seu…’

E continuou:

“ …e você senta do lado meu!”

A redundância foi uma graça. Totalmente permissível para a idade. Mas Valéria foi além da gracinha. Será que ela entendeu que para estar ao lado da avó na refeição, era importante que ambas quisessem estar uma ao lado da outra?  É como se dissesse: “Eu quero ficar ao seu lado e gostaria que você também quisesse estar do meu lado.” Algo como troca, reciprocidade, a comum intenção.

A isso os empresários chamam de alinhamento; os políticos, convergência; os filósofos, bem comum; e os religiosos, comunhão.

Em família chamamos isso de amor. Sem amor não se caminha nem se faz planos juntos. Sem amor espontâneo, recíproco e incondicional não se chega a lugar algum, nem se divide a mesa e o pão.


Helena Beatriz Pacitti , 02/12/2009

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sábado, novembro 21, 2009

LEMBRANDO DE UM VELHO PREGADOR




Quase um mês sem escrever... estranho como tem horas em que escrever é fundamental e outras em que as palavras parecem não importar perto do que se sente.

Não foi a falta de tempo que me impediu de escrever. Nem a falta de assunto. Talvez, tenha sido a impressão que não conseguiria expressar o que estava sentindo só com as palavras. Pensei em colocar umas músicas, mas não achei uma que fosse o que eu gostaria.

Pra falar a verdade, ainda não achei nem as palavras, nem as músicas...

Nesses dias, vivi momentos de intensa alegria, de muito carinho, de saudade, de reflexão. Revi amigos que amo, deixei de ver outros que fazem uma falta enorme. Soube de amigos que conseguiram se livrar de acidentes feios e amigos que tiveram a casa assaltada.

Sei lá... a vida é muita curta pra se perder tempo fazendo conjecturas, procurando motivos e porquês. Me lembrei do autor de Eclesiastes, quando ele diz que "tudo acontece igualmente a todos: ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro, ao que oferece sacrifícios e ao que não os oferece, ao bom e ao pecador, ao que faz juramentos e ao que não faz" (Ecl 9.2).

O mesmo autor também nos diz "Alegra-te no dia da prosperidade, mas no dia da adversidade considera: Deus fez tanto um como o outro, para que o homem não descubra nada do que virá depois. Nesta minha vida absurda já vi de tudo: há o justo que morre apesar de sua justiça, e há o ímpio que tem vida longa apesar de sua maldade. Não sejas justo demais, nem sábio demais; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas ímpio demais, nem sejas tolo; por que morrerias antes do tempo?" (Ecl 7.14-17).

Lendo esses conselhos de alguém que parece que já viveu muito e por isso tem tanto a ensinar, penso que a vida devia ser mais simples, mais focada no hoje, sem perder de vista o futuro, mas sabendo viver o presente. E aí, outro texto de Eclesiastes cai como uma luva:  "Vai, e come com alegria o teu pão e bebe o teu vinho com coração contente; pois há muito tempo Deus se agradou do que tu fazes. (...) Desfruta a vida com a mulher que amas todos os dias desa vida de ilusão de Deus te deu debaixo do sol, sim, em todos os dias da tua vida de ilusão. Porque essa é a tua recompensa nesta vida de trabalho pelo que fazes debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o com todas as tuas forças, porque na sepultura, para onde vias, não há trabalho, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria." (Ecl 9.7,9,10).

Eu sempre gostei de simplicidade, mas não me dava conta disso. De um tempo pra cá, acho que faço isso de modo mais consciente. Tento ver o lado bom das coisas, embora nem sempre consiga. Decidi que é melhor engolir alguns sapos do que ter estresses desnecessários. Acredito que não há nada que se compare a estar com pessoas que amamos e que nos amam. Descobri que um puxão de orelha dado por um amigo de verdade é melhor que elogios vindos de falsos amigos e bajuladores. Aprendi que ter a alma mais leve facilita o caminhar. É claro que nem sempre é tudo assim tão simples... mas continuo achando que vale a pena tentar.



(Queria terminar com uma música, mas ainda não achei uma... assim que achar, eu posto aqui.)

terça-feira, outubro 27, 2009

BALAIO MUSICAL (2)

Meu balaio tem várias cores, vários sabores... Hoje, tem gosto de pão de queijo.

Desde ontem essa música grudou na minha cabeça...
(Ainda bem que é essa... já pensou se fosse "Zaqueu"?  rsrsrs)

Ela faz parte da minha história, e marcou um momento muito bonito que vivi. Acho que por isso ela de vez em quando me volta à mente, sempre trazendo boas lembranças.

segunda-feira, outubro 26, 2009

EM NOME DE QUE DEUS?

Recebi o link para o vídeo abaixo algumas vezes nos últimos dias. Como já tinha ouvido falar do problema, confesso que estava sem vontade alguma de acessar o vídeo. Mas hoje resolvi assistir... e foi um triste começo pra minha semana.

É duro ver até onde a exploração da fé e da ignorância do povo pode chegar.
É mais duro ainda saber que isso é feito em nome de Deus.

Me lembro das palavras de Jesus quando alguns discípulos queriam impedir as crianças de tocarem nele: "Deixai vir a mim as crianças, porque delas é o Reino dos Céus". 


sexta-feira, outubro 23, 2009

SURPRESAS DA NOITE




Quarta feira à noite fui à igreja. O meu pastor está fazendo uma série especial, Academia da Alma, sempre com temas muito interessantes. 

O tema dessa quarta foi "Superação - quero ir além". Não, ele não mostrou como determinar nada pra Deus nem coisas do tipo. Ele falou sobre a importância de sabermos os nossos objetivos e de termos esforço, disciplina e coragem para alcançá-los, buscando sempre a orientação de Deus para isso. 

O mais interessante nessa história foi como ele conseguiu, sem fazer auto-promoção, contar como tem sido sua recuperação de um câncer e a alegria de ver que toda a disciplina no tratamento (e na fisioterapia, que ele parece não gostar muito) tem trazido bons resultados.

Enquanto ele falava, percebi uma sombra me sobrevoando dentro da igreja. Para a minha surpresa, à noite, dentro de um templo todo fechado, uma borboleta enorme, daquelas que são pretas de um lado e azul metálico quase escuro do outro, estava lá, no seu voar lindo e leve.

Quem me conhece sabe como eu gosto de borboletas. Como me fez bem aquela visita inesperada!

Mas as surpresas da noite ainda não tinham acabado. Ao sair, depois de subir uma ladeira onde as árvores não me deixavam ver o céu, cheguei no local onde tinha deixado o carro. E ali, uma área aberta, pude ver o céu e, pendurada nele, a lua, que devia estar no começo da sua fase crescente e era apenas um sorriso. Mas não um sorriso desses de lado, comuns nas luas crescentes. Era um sorriso horizontal, lindo.

Voltei pra casa muito feliz, com o coração cheio de paz: ouvi uma palavra de esperança realista, fui sobrevoada por uma borboleta e recebi um sorriso da lua. O que mais eu poderia querer?





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segunda-feira, outubro 19, 2009

JANIS JOPLIN E A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

Hoje o dia começa nublado e preguiçoso. Já levei filha pra escola, voltei pra casa, e como de costume, tomo meu café lendo o jornal e navegando pela net. De um tempo pra cá, a rotina matinal inclui passeios pelos textos novos dos blogs que sigo.

E assim cheguei no Genizah, onde encontrei esse post que tem como nome um trecho de uma música muito conhecida na época dos hippies e com uma foto de chamar atenção: uma Mercedes-Benz toda dourada, parecendo ser de ouro mesmo. 

Descobri que a origem do post era outro blog, o Altar de Pedra. Então fui lá, me apresentei e avisei que estou publicando o texto aqui.

Quando a Janis Joplin morreu, em outubro de 1970, eu tinha acabado de completar 1 ano de idade. Janis morreu aos 27 anos, por overdose de heroína. A música que dá título ao post do Sergio foi lançada seis meses após a morte dela.

Bem, vamos ao post.



Oh, Lord, won't you buy me a Mercedes-Benz?





Assim começa a canção de Janis Joplin composta em outubro de 1970. Nela Janis buscava criticar o materialismo da sociedade americana. De maneira contundente ironizava o egoísmo, a vaidade e a indiferença social das crenças religiosas da América. “Oh Senhor! Não vai comprar para mim uma Mercedes Benz?” indagava com sua voz rouca, cantando à capela, quase uma oração.

E a ironia contundente da canção estava justamente no fato de alguém pedir a Deus em oração de maneira (aparentemente) humilde, sincera e verdadeira, uma ostentação luxuriante, como se isto fosse algo natural (ou melhor, sobrenatural). No contraponto humildade-ostentação, suplica-conquista, necessidade-extravagância surge o constrangimento da situação e neste constrangimento está seu lado cômico e impactante.

Hoje não é mais cômica, muito menos impactante.

A ironia dentro da ironia é que esta mensagem deixou de ser constrangedora nestes nossos dias, em nossas igrejas, em nossas orações depois do surgimento da Teologia da Prosperidade. O que era vício assumiu a forma de virtude. Não uma, ou duas vezes, ouvi pedidos parecidos sendo feitos por sacerdotes cristãos em púlpitos e reuniões. Aliás, coisas do tipo “isto é carro para filho de Deus” ou “isto sim é carro de pastor” são até corriqueiras, comuns, justamente porque não se vê a luxúria, o culto ao ego e a vaidade da alma como sentimentos a serem combatidos.
 

Não entrarei no mérito de ser ou não correto, ser ou não legítimo, para um cristão possuir um carro de alto luxo. Cada um pode fazer o que bem entende com seu dinheiro. Principalmente se ele é fruto de trabalho honesto, árduo e dedicado.

O mérito a ser discutido e que deixa alguns cristãos incomodados é que a maioria das pessoas que freqüenta cultos não se sentiria constrangida com esta música. Os valores (aqui como qualidade daquilo que se valoriza, que se dá valor) do cristianismo evangélico ocidental se transformaram de tal maneira que abraçaram os valores mundanos. Novamente; aquilo que era vício se tornou virtude e isso transformou completamente o entendimento do que é certo ou errado em relação ao Reino e às palavras de Jesus.

A maioria das pessoas compreende o fato de que é lícito pedir a Deus o suprimento de nossas necessidades básicas ou a ajuda em coisas que são necessárias, importantes. O apóstolo Paulo nos ensinou a “fazer conhecidas de Deus as nossas petições”. O próprio Jesus, na oração modelo, nos ensina a pedir a Deus que supra as nossas necessidades. Note-se que a oração modelo diz “pão nosso para cada dia”, não caviar nem foie gras. Com simplicidade, humildade e sentido de coletividade nós podemos, e devemos, pedir coisas para Ele.
 

A maioria das pessoas também compreende que usar uma maneira legítima de socorro divino para fins menos nobres (no caso, coisas de nobre) não é muito ortodoxo. Tanto não é que a carta de Tiago nos ensina que tais orações simplesmente não serão atendidas. Este tipo de pedido demonstra o egoísmo, vaidade e soberba de quem o faz e Deus simplesmente não compactua com esta coisas.

A música de Janis quase pode ser confundida com louvor hoje em dia. Quase dá para tocar nas igrejas (Quase?). Porque a igreja incorporou os pensamentos que tentava despertar como incompatíveis com o Reino de Deus, ou seja, valore mundanos. Estes entraram no seio, no âmago da igreja.

Miserável Teologia da Prosperidade, maldito culto ao ego e à personalidade, maldita vaidade da alma. A teologia e o espírito destes dias conseguiram transformar a pobre e perdida Janis, na irmã Joplin...

A resposta para a “oração” dela hoje seria: Aleluia, irmã! Recebaaa!!!

(fonte: blog Altar de Pedra)




Pra quem quiser se lembrar ou conhecer a música:





Oh Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz ?
My friends all drive Porsches, I must make amends.
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz ?


Oh Lord, won’t you buy me a color TV ?
"Dialing For Dollars" is trying to find me.
I wait for delivery each day until three,
So oh Lord, won’t you buy me a color TV ? 


Oh Lord, won’t you buy me a night on the town ?
I’m counting on you, Lord, please don’t let me down.
Prove that you love me and buy the next round,
Oh Lord, won’t you buy me a night on the town ? 


Everybody!

Oh Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz ?
My friends all drive Porsches, I must make amends,
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So oh Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz ? 


That’s it!
 

domingo, outubro 18, 2009

POR AÍ (2)

Técnica a gente aprende.
Talento, ou se nasce com, ou não se tem.

A jovem ucraniana Kseniya Simonova, de 24 anos, virou sensação na internet depois de vencer o Ukraine’s got talent, versão local do programa de calouros que, no Reino Unido, deu fama à cantora Susan Boyle. Ela fez, ao vivo, uma animação usando apenas areia em uma tela iluminada. 
(Retirado do site da revista Época)

  

POR AÍ (1)



As escadas de um metrô em Estocolmo, na Suécia, foram transformadas em um piano gigante. À medida que os pés pisam em um degrau,  uma nota diferente é tocada. 

A invenção faz parte de um projeto da Volkswagen chamado "teoria da diversão", que tem como objetivo mostrar que a felicidade é o caminho mais fácil para as pessoas mudarem. Segundo informações da empresa, após a invenção, 66% a mais de pessoas optaram pela escada musical.

E você,  qual escada escolheria?

 


No segundo vídeo, a ideia foi colocar numa lata de lixo um equipamento de som que imita o barulho de algo caindo em um precipício. Algumas pessoas chegam a catar o lixo do chão só pra ouvir o barulho. 



PS: não consegui achar vídeos menores, por isso essa invasão da coluna ao lado.







sexta-feira, outubro 16, 2009

BALAIO MUSICAL (1)

Essa ideia eu copiei da minha amiga Cris Danuta : colocar pelo menos uma música por semana no blog. Pensei em chamar essa "coluna" de Cesta Musical, brincando com a ideia de cesta e sexta-feira, dia em que pretendo postar os vídeos. Mas, e se eu quiser postar em outro dia? Troquei a Cesta pelo Balaio e resolvi a questão.

Bem, vou  começar com uma música antiguinha, lançada há 20 anos... Lembrei-me dela por causa da divulgação do filme "Herbert de perto" e também pela letra, que hoje (hoje mesmo, o dia de hoje, não um hoje genérico) tem um significado particular.



quinta-feira, outubro 08, 2009

40 ANOS, parte final - AMIGOS SÃO ANJOS




Embora eu acredite que algumas coisas boas permaneçam para sempre, existem outras que uma hora acabam, né?

Aqui estou eu, finalizando a "série" dos 40 anos... Devo confessar que está acabando de um modo diferente do que eu gostaria, mas "infelizmente nem tudo é exatamente como a gente quer", como já disse há muito tempo Guilherme Arantes em Deixa chover (aliás, ontem pensei nessa música... hehehe).

O que importa é saber que a vida continua e que os amigos de verdade sempre estão presentes, seja pra rir com a gente ou ajudar a secar nossas lágrimas, dando um puxão de orelha ou fazendo um cafuné. Uma vez eu li que amigos são anjos! Que bom saber que eu tenho alguns anjos ao meu lado!

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quinta-feira, outubro 01, 2009

40 ANOS, parte 4 - A LISTA


Aniversário é sempre uma boa época pra refletir... acho que já disse isso no post abaixo.

Hoje eu queria pensar um pouquinho nas pessoas, musicas e coisas que fizeram parte da minha vida... vou listar algumas aqui, certamente vou esquecer algumas outras...  

Também não sei se vou só lembrar de coisas boas: vou abrir a torneira das emoções e ver o que sai.


lista 1: lembranças do tempo de criança 

- o vizinho que falava "borbofleta" e "desfedorante"

- música caipira nas manhãs de domingo, quando ia pra casa do meu avô, na roça (foi quando ouvi pela primeira vez Pena Branca e Xavantinho, Milionário e Zé Rico e por aí vai)

- minha mãe cantando hinos o dia todo; de vez em quando ela cantava umas músicas engraçadas como uma que dizia "sacode a saia e também o paletó; vou dançar com uma comadre, que é hoje só!" 

- programa de rádio às cinco da manhã: seresta na madrugada (que outra criança acordava tão cedo no domingo pra ouvir isso?) 

- as aulas de ebd na igreja e as consequentes discussões com a professora de religião católica do colégio 

- minha bisavó materna, já cega pela catarata, fazendo crochê 

- minha avó materna, que sempre tinha bolo quentinho e café passado na hora pra gente 

- minha avó paterna, que quase não escutava, mas enxergava que era uma beleza e nunca precisou usar óculos 

- meu avô paterno, que era o contrário da minha avó: não enxergava quase nada, mas tinha um ouvido! 

- minha mãe me ensinando a bordar; acho que daqui vem a minha habilidade pelos trabalhos manuais  

- meu pai, que mesmo com a cara de bravo, sempre foi um coração mole e quando ganhava presente nosso, fingia que estava guardando e ficava chorando escondido com o rosto dentro do armário

- as costuras das minhas tias 

- a marcenaria dos meus tios; até hoje, gosto do cheiro de madeira cortada (menos o angelim, que tem um cheiro horrível!) 

- a barbearia do meu pai; eu me encantava com aquela parede coberta de espelhos e aquelas cadeiras que giravam, abaixavam e levantavam (ainda trago uma aqui pra casa!) 

- os livros: a floresta azul, memórias de um cabo de vassoura, o caso da borboleta atíria (li muito mais, mas esses foram os primeiros que li) 

- brincadeiras de rua com os moleques da vizinhança; parte deles morava numa quase favela que era perto, mas ali a gente era só criança, ninguém ligava se a casa do outro era assim ou assado 

- a primeira paquera na escola, já quase entrando na adolescência (rasguei o bilhete e deixei em cima da cama, minha mãe viu, juntou os pedaços e descobriu tudo...) 


lista 2: lembranças do tempo de adolescente 

- o primeiro beijo 

- as poesias presas no portão 

- a primeira amiga que fez aborto (a gente já tinha quase 18 anos) 

- os primeiros questionamentos sobre Deus 

- as férias em que minha mãe ficou revoltada porque eu peguei um monte de livros na biblioteca e passei o tempo todo dentro do quarto lendo, até que ela resolveu devolver todos os livros e me mandar ir brincar lá fora, como os outros adolescentes "normais"  

- a morte da minha bisa, menos de três meses depois dos meus 15 anos; não me lembro de ter visto um dia de verão com o céu tão azul como aquele dia (o céu de inverno costuma ter o azul mais forte) 

- a indecisão sobre que faculdade fazer: fiz inscrição para jornalismo, porque queria entrevistar bandido, mas não fui fazer a prova; queria fazer biologia, mas não queria ser professora; resolvi fazer veterinária 

- aprender andar de moto aos 13 anos – era uma Yamaha TT 125 e o barulho dela parecia pipoca estourando; um dia caí ao tirar o descanso e nunca mais andei... quer dizer, só na garupa 

- na mesma época, perder um amigo num acidente de moto; um grupo de amigos tinha passado a tarde lá em casa, todo mundo brincando, rindo, se divertindo... quando ele foi para casa, sofreu um acidente e morreu; tinha 16 anos 


lista 3: lembranças do tempo de juventude e vida adulta 

- o casamento secreto de uma amiga 

- a ida para faculdade; sair de casa pela primeira vez e ir para outra cidade; deixar de ser a filhinha da mamãe para dividir o quarto com 3 estranhas, ter que cuidar da minha roupa e da minha comida 

- aprender a sobreviver num mundo muito diferente do que eu estava acostumada 

- conhecer pessoas que mesmo que nunca mais eu tenha visto, vão continuar para sempre no coração e na memória 

- o amigo quase alcoólatra e o amigo viciado em cocaína 

- ouvir saxofone na floresta da Tijuca 

- ver o sol nascer na Barra  

- conseguir a melhor nota da turma em Cirurgia: essa eu não esperava mesmo! 

- meu casamento 

- a morte do Senna, 15 dias depois do meu casamento 

- a minha gravidez e a mudez do meu marido (hoje, ex-marido) 

- nascimento da Mel; inesquecível, tranqüilo; parir e amamentar é bom demais! O clima na sala de parto, os amigos esperando lá fora... 

- mudança para Chicago; sair do Rio com 40°C e descer numa cidade coberta pela neve e com a temperatura de -20°C!  

- volta pro Brasil, início de outra faculdade, fim do casamento 

- a morte de uma tia muito querida; ela tinha AIDS e câncer de fígado 

- o suicídio de um amigo de adolescência, o que deixava as poesias no meu portão

- frio, muito frio na alma, por muito tempo 

- borboletas no estômago, chuva, terra molhada 

- longo caminho pela frente, mas com ânimo para começar a nova caminhada, afinal, a vida está começando agora! 


É claro que aqui só tem uma parte muito pequena das coisas que eu vivi; só aquilo que lembrei assim de repente, sem pensar muito. Um dia ainda escrevo o que essas coisas todas me causaram, a minha reação a elas e o que eu imagino sobre como elas transformaram minha vida. 


Para terminar, A Lista, uma música do Oswaldo Montenegro (a segunda dessas lembranças de aniversário), que sempre que ouço, me faz pensar.






A LISTA 
Oswaldo Montenegro 

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...


Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...


Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?


Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?


Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?


Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?



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