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sexta-feira, julho 06, 2007

DON'T GIVE UP

Tem dias em que a gente queria dizer tanta coisa, mas parece que tudo fica preso dentro da gente...

Tem horas que tudo o que a gente precisa é se sentir querido, se sentir amado... e quantas vezes procuramos no lugar errado esse amor...

A verdade é que o amor de Deus por nós é o único em quem podemos confiar de verdade... mesmo quando as coisas não acontecem da forma como nós gostaríamos...

A letra dessa música fala de um amor assim. Acho que ela não foi escrita para descrever o amor de Deus por nós, mas pra mim, essa pode ser uma das interpretações...

Pra quem quiser o vídeo, o link é esse: http://www.youtube.com/watch?v=ls7ila3srzI


You Are Loved (Don't Give Up)

Don't give up
não desista
It's just the weight of the world
é apenas o peso do mundo

When your heart's heavy
quando o seu coração estiver pesado

I will lift it for you
eu o carregarei pra você

Don't give up
não desista
Because you want to be heard
porque você quer ser ouvido

If silence keeps you
se o silêncio prender você

I will break it for you
eu o quebrarei por você


Everybody wants to be understood
todo mundo quer ser compreendido
Well I can hear you
bem, eu posso lhe ouvir
Everybody wants to be loved
todo mundo quer ser amado

Don't give up
não desista

Because you are loved
porque você é amado


Don't give up
não desista
It's just the hurt that you hide
é só a mágoa que você esconde

When you're lost inside
quando você estiver perdido dentro de você
I'll be there to find you
eu vou estar lá para lhe achar


Don't give up
não desista

Because you want to burn bright
porque você quer brilhar
If darkness blinds you
se a escuridão cegar você
I will shine to guide you
eu vou brilhar para lhe guiar


Everybody wants to be understood
todo mundo quer ser compreendido
Well I can hear you
bem, eu posso lhe ouvir

Everybody needs to be loved
todo mundo quer ser amado
Don't give up
não desista
Because...you are loved
porque você é amado


Don't give up
não desista

It's just the weight of the world
é apenas o peso do mundo
Don't give up
não desista

Everyone needs to be loved
todo mundo precisa ser amado
You are loved
você é amado

.

Como diz um amigo,
NEVER GIVE UP,
NEVER SURRENDER!

.

domingo, junho 10, 2007

OÁSIS

Escrevi este texto há muito tempo.
Hoje me lembrei dele, por isso, ele está aqui.






Ela caminha pelo deserto.

A pele ressequida pelo sol reflete a secura da alma.
Os pés queimados pelo calor da areia se esforçam para dar o próximo passo... Aliás, qual o próximo passo?
Os olhos, tristes como os de Carolina, guardam dor... tanta dor que já não brilham, nem refletem as estrelas.
No peito, leva a esperança do cumprimento de uma promessa: águas brotando do deserto, terra seca se transformando em lagos, verde florescendo no deserto...

E quando já não acreditava em sonhos, ela vê o oásis!
Ela vê as águas, o verde, as flores! E se atira, de corpo e alma nas águas que refrescam a pele, abrandam as queimaduras dos pés... Nos olhos, as estrelas brilham novamente! No coração, a certeza da promessa cumprida...
Como criança, esquece dos cuidados, e se delicia com aquilo que vê no oásis...
Paz!

De repente, um vento quente e seco começa a soprar... e tudo se esvai numa tempestade de areia...
Oásis? Não. Miragem!

Ajoelhada no deserto ela vê areia onde havia enxergado água. Ela vê areia onde antes havia o verde, as flores. No olhar, as estrelas se apagam. Areia escorre pelas suas mãos que em concha se enchiam de água fresca e restauradora. No coração, a dor da promessa ainda não cumprida...
E ela caminha pelo deserto...
A pele ressequida...
Os pés queimados...
Os olhos tristes...
No peito, dor...
Solidão!


Marcia Carvalho, janeiro de 2006


.

sábado, dezembro 09, 2006

OSSOS SECOS, GALHOS E FLORES



Em Ezequiel 37, conta-se a visão de um vale de ossos secos: Ezequiel é levado pela mão de Deus e colocado no meio de um vale cheio de ossos secos. E Deus mostra a ele que aquilo que parece acabado, ainda tem solução... um estranho barulho começa e os ossos começam a se aproximar uns dos outros, e fáscias, tendões, vasos sanguíneos e músculos começam a surgir e cobrir aqueles ossos... órgãos se formam, pele recobre tudo... unhas e cabelos surgem... Vida onde antes não havia nem esperança!

Penso em quantas vezes me senti assim, no meio de muitos e muitos ossos secos. Sensação de deserto, exílio... Estou vivendo mais um período de ossos secos!

Não quero escrever da teologia do que aconteceu com Ezequiel; nem tenho conhecimento pra tal. Quero fazer um desabafo, lançar minhas lágrimas no vento, andar na beira do mar e sentir a água lavar minha tristeza...

Com quantos ossos secos se faz um deserto?
2006 foi um ano muito difícil pra mim, talvez um dos mais difíceis que já vivi. Repenso o que fiz, o que senti, o que vivi...

Arrependimentos? Alguns, com certeza...

Dores? Muitas...
Lágrimas? Incontáveis... mas quando elas se misturam com a chuva, quase ninguém vê...
Amigos de verdade? Poucos, pouquíssimos… Mas é melhor assim: nesse caso, qualidade é tudo!

Lições? Muitas, mas ainda falta absorver boa parte delas. Mas algumas ficaram gravadas, e foram gravadas a ferro e fogo, queimando, machucando... e devem ficar pra sempre.

Ossos, ossos, ossos… Meu vale anda cheio deles. E muitos vão continuar assim, só ossos secos…

Tem uma música muito antiga, nem sei quem canta, mas que eu gosto muito… o nome é Galhos Secos: “Nos galhos secos de uma árvore qualquer, onde ninguém jamais pudesse imaginar, o Criador vê uma flor a brotar. Olhai: os lírios cresceram no campo, pois o Senhor nosso Deus os tem alimentado para nossa
alegria."

E, assim como nessa música, eu vejo que mesmo em meio a tantos ossos secos, Deus tem feito brotar flores que me alegram o coração e me fazem suportar o silêncio dos ossos imóveis. Não vou citar os nomes, mas cada flor que apareceu no meu vale em 2006 um motivo pra sorrir.

Uma dessas flores me lembrou que só podemos ver bem os montes quando estamos no vale, como aconteceu tantas vezes com o salmista… e que por isso mesmo o vale é importante…

Outra flor me lembrou que quando o povo de Israel foi para mais um exílio (Jeremias 29.4-6), a ordem de Deus foi para que aproveitassem esse período para viver, plantar, construir… O exílio muitas vezes é período de crescimento…

Em uma outra flor eu vejo a alegria de saber que o navio está ancorado logo ali… só falta embarcar… e que a melhor hora do embarque é aquela marcada por Deus...

E tem aquela outra flor, que com um abraço gostoso (mesmo que muitas vezes só enchendo a tela do msn) sempre me faz sorrir...

E algumas outras só com um sorriso ou um olhar dizem tudo...

O silêncio ainda persiste... flores brotando costumam ser bem silenciosas... mas sei que ainda ouvirei o ruído dos ossos...
Onde há Deus (e existe lugar onde não há?), há esperança!

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segunda-feira, agosto 14, 2006

SOMATIZANDO


Às vezes penso em mim como uma pessoa meio cabeça-dura. Outras, como uma pessoa com o coração mole... Não sei bem se alguma dessas duas definições é verdadeira ou que importância tem isso...

Hoje – hoje, ultimamente e não, hoje hoje... – me sinto rasgada...
Estranho isso, como sinto no corpo dores que deveriam ser só da alma!

Tava pensando nisso de manhã... Certas dores da minha alma se manifestam como um nó no estômago, daqueles que parecem querer causar um peristaltismo reverso... Outras parecem causar a perda de alguma parte do meu corpo, como se algum pedaço de mim fosse arrancado... E aquela sensação de frio intenso, que a tristeza e a solidão me trazem, que mais do que a pele, parece gelar o coração? E falo de coração físico, não o coração emocional.

Fico pensando que há bem pouco tempo atrás, eu pensei que não iria mais me sentir assim... Mas, de vez em quando, essas sensações voltam.

Hoje acredito muito menos nas pessoas, espero muito menos delas... Isso me dói, me coloca numa redoma em que poucos têm acesso... Não gosto disso, mas não tenho conseguido ser diferente.

Sei que muito do que somos é fruto do ambiente em que vivemos, das experiências que passamos, das emoções que de alguma forma nos marcam a alma... emoções tanto positivas como negativas.

Meu aniversário está chegando... talvez por isso eu esteja tão pensativa...
Vou fazer trinta e sete anos... e o que fiz da minha vida?
Fiz uma faculdade que descobri, quase no fim, que não gostava... mas terminei...
Casei, tive uma filha, mudei para outro país...
Voltei, descasei...
Fiz outra faculdade, batalhei pra cuidar da minha filha, pra começar tudo de novo...

Cansaço, solidão...

O que me consola é que eu creio num Deus que é fiel, que me ama, que conhece cada uma das minhas necessidades (as mais importantes, as mais bobas)!
Um Deus que sabe exatamente o que me tem feito chorar e o que me tem feito sorrir!
E que conhece o meu coração, conhece cada pensamento meu... e sabe que motivação tem cada uma das minhas atitudes.

Por isso, apesar da tristeza (que me invade de vez em quando...), da sensação de solidão (que falta faz alguém em quem se pode confiar de verdade...), de achar que o tempo está acabando (a areia não pára de escorrer na ampulheta...), eu sei que não estou só: Deus está ao meu lado e acompanhando tudo isso!

E como o salmista, eu creio que Ele nunca me abandonará! “Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá.” Salmos 27.10 – se até com pai e mãe abandonando (o que não é o meu caso) Deus nos recolhe...

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terça-feira, maio 30, 2006

LÁGRIMAS OCULTAS


Tenho ouvido falar muito de Florbela Espanca...
Resolvi vasculhar a net e achei um site Jornal de Poesia http://www.secrel.com.br/Jpoesia/ , onde encontrei o soneto que transcrevo abaixo:

Lágrimas ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

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Fiquei curiosa com a obra dela...
E esse nome... Florbela Espanca... quero descobrir de onde vem...
Acho que vou começar minhas pesquisas!

quinta-feira, maio 25, 2006

SEGUNDA MILHA


(escrito em 29 de novembro de 2004; de lá pra cá, muita coisa mudou, mas hoje reli esse texto e decidi colocá-lo aqui)

Quanta mágoa somos capazes de suportar?
Até onde somos capazes de ir?
Até onde vai a segunda milha?
Quem sacia a sede nas nossas lágrimas?


Queria não ter que responder a essas perguntas, queria não precisar fazer essas perguntas. Queria que as tristezas evaporassem tão logo surgissem.
Queria um ombro onde pudesse recostar e me deixar ficar, sem pressa, sem receios, sem cobrar, sem ser cobrada.
Queria que a cama não fosse tão vazia.
Queria que o dia não fosse tão longo e que a noite não fosse tão fria.
Queria um braço forte que me estendesse a mão e caminhasse ao meu lado, até que o amanhã brilhasse mais uma vez no horizonte.


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quarta-feira, maio 03, 2006

HOJE


(escrito em 02/fev/2006)


Hoje, mais uma vez, enfrento minha casa vazia.

Quero colo, calor, abraço, beijo, gente rindo à minha volta, meu coração rindo dentro do peito!!!

Quero não me esquecer de Gonzaguinha, e lembrar que a vida é bonita, é bonita e é bonita!

Quero cantar com Oswaldo e ver a rua cheia de sorrisos francos, de rostos serenos, de palavras soltas... Quero pedir desculpas pelo que eu não disse, desculpar o que você falou... Quero fazer barulho pela madrugada, seresta na calçada, dançar pela rua com os poetas, ver dez mil estrelas riscando o céu, ver meu coração no seu sorriso... Quero deixar triunfar a força da imaginação...

Quero dar um descanso pra minha alma – calma alma minha, calminha!

Quero conhecer as manhas e as manhãs, redescobrir o sabor das maçãs...

Quero viajar levada pelo vento, pela ventania... Quero mover as pás dos moinhos e abrandar o calor do sol... Quero mandar meus beijos pelo ar...

Quero lembrar daquela esquina em Minas e não me esquecer que eu também me chamo sonho e que sonhos não envelhecem...

Quero voar até a lua e brincar no meio das estrelas... Ver como é a primavera em Júpiter e Marte.

Quero entrar logo em setembro e ver a boa nova andar nos campos... Quero sonhar muito e semear minhas canções no vento... quero inventar uma nova canção que me traga o sol de primavera...

Quero soltar a minha risada mais gostosa, não perder esse meu jeito de achar que a vida pode e vai ser maravilhosa...Quero manter minha alegria escandalosa... quero passar dos meus limites... Quero não ter vergonha de aprender a ser feliz...

Não... a minha casa não está mais vazia...
Eu estou aqui!!!


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