segunda-feira, agosto 14, 2006
SOMATIZANDO
Às vezes penso em mim como uma pessoa meio cabeça-dura. Outras, como uma pessoa com o coração mole... Não sei bem se alguma dessas duas definições é verdadeira ou que importância tem isso...
Hoje – hoje, ultimamente e não, hoje hoje... – me sinto rasgada...
Estranho isso, como sinto no corpo dores que deveriam ser só da alma!
Tava pensando nisso de manhã... Certas dores da minha alma se manifestam como um nó no estômago, daqueles que parecem querer causar um peristaltismo reverso... Outras parecem causar a perda de alguma parte do meu corpo, como se algum pedaço de mim fosse arrancado... E aquela sensação de frio intenso, que a tristeza e a solidão me trazem, que mais do que a pele, parece gelar o coração? E falo de coração físico, não o coração emocional.
Fico pensando que há bem pouco tempo atrás, eu pensei que não iria mais me sentir assim... Mas, de vez em quando, essas sensações voltam.
Hoje acredito muito menos nas pessoas, espero muito menos delas... Isso me dói, me coloca numa redoma em que poucos têm acesso... Não gosto disso, mas não tenho conseguido ser diferente.
Sei que muito do que somos é fruto do ambiente em que vivemos, das experiências que passamos, das emoções que de alguma forma nos marcam a alma... emoções tanto positivas como negativas.
Meu aniversário está chegando... talvez por isso eu esteja tão pensativa...
Vou fazer trinta e sete anos... e o que fiz da minha vida?
Fiz uma faculdade que descobri, quase no fim, que não gostava... mas terminei...
Casei, tive uma filha, mudei para outro país...
Voltei, descasei...
Fiz outra faculdade, batalhei pra cuidar da minha filha, pra começar tudo de novo...
Cansaço, solidão...
O que me consola é que eu creio num Deus que é fiel, que me ama, que conhece cada uma das minhas necessidades (as mais importantes, as mais bobas)!
Um Deus que sabe exatamente o que me tem feito chorar e o que me tem feito sorrir!
E que conhece o meu coração, conhece cada pensamento meu... e sabe que motivação tem cada uma das minhas atitudes.
Por isso, apesar da tristeza (que me invade de vez em quando...), da sensação de solidão (que falta faz alguém em quem se pode confiar de verdade...), de achar que o tempo está acabando (a areia não pára de escorrer na ampulheta...), eu sei que não estou só: Deus está ao meu lado e acompanhando tudo isso!
E como o salmista, eu creio que Ele nunca me abandonará! “Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá.” Salmos 27.10 – se até com pai e mãe abandonando (o que não é o meu caso) Deus nos recolhe...
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