quinta-feira, dezembro 23, 2010

FELIZ NATAL 2010



Tantas coisas aconteceram nos últimos dias que não tive tempo - nem inspiração - para escrever sobre o Natal (mesmo porque embora hoje seja dia 23 de dezembro, ainda não entrei no "clima de Natal"). 

Por isso, pra não deixar a data passar em branco, vou postar aqui os links para os textos que escrevi ano passado.

E como essa é a época das "resoluções de ano novo", vou tentar escrever mais em 2011.

Bem, com vocês, os links.

JÁ É NATAL (1) - Aleluia, versão soul http://bit.ly/htaj0d

JÁ É NATAL (2) - A lenda da bengalinha http://bit.ly/ia9DfW

JÁ É NATAL (3) - Músicas tradicionais http://bit.ly/gh4bof

JÁ É NATAL (4) - Já é Natal na Leader Magazine... http://bit.ly/hyh6bk

JÁ É NATAL (5) - Bela estrela, a mais bela poesia http://bit.ly/frptz0

JÁ É NATAL (6) - Mary did you know? http://bit.ly/ecAcO6


Bem, que Deus nos abençoe e nos conceda um Natal festivo e feliz, que realmente celebre o nascimento de Jesus, aquele que, existindo em forma de Deus, não considerou o fato de ser igual a Deus algo a que se devesse apegar, mas, pelo contrário, esvaziou a si mesmo, assumindo a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens; assim, na forma de homem, humilhou-se a si mesmo até a morte, e morte de cruz. (Paulo, na sua carta aos Filipenses, capítulo 2, versículos 6, 7 e 8)

sexta-feira, setembro 10, 2010

OBSERVAÇÕES NO METRÔ



Estou completando seis meses no meu trabalho no Centro do Rio. O meio de transporte que uso para ir e voltar é sempre o metrô.  São em média vinte minutos para ir e mais vinte para voltar, de segunda à sexta, sempre no horário de rush, o que significa que pego metrô lotado todos os dias e que posso contar nos dedos de uma das mãos as vezes em que pude ficar sentada.

Os problemas que o Metrô Rio apresenta todo mundo já conhece: superlotação, ar condicionado insuficiente, inúmeras paradas entre uma estação e outra enquanto “estamos esperando a normalização do tráfego à frente”.

Mas não é sobre isso que quero falar. Quero contar aqui algumas observações que fiz nesses seis meses convivendo com muito mais pessoas dentro do Metrô do que a física diz ser possível.

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a quantidade de pessoas que lêem durante a viagem. Algumas ficam dentro do vagão por duas estações, mas mesmo assim, aproveitam esse momento para ler. E se lê de tudo: bíblias, jornais, livros, revistas de notícias, revistas de fofocas, apostilas de cursos. Percebi também a grande quantidade de livros religiosos, principalmente os espíritas.

A segunda coisa é sobre o vagão destinado às mulheres. Aliás, aqui são duas observações. O vagão das mulheres é muito mais barulhento do que os vagões mistos. O burburinho por vezes beira o insuportável. No fim do dia, é até um pouco menor, mas, incomoda mesmo assim. A outra coisa sobre o vagão feminino é que, embora a idéia é que fosse um espaço destinado a proteger as mulheres do assédio físico quando o vagão está cheio, muitas mulheres preferem ir no misto, pois alegam que o assédio de outras mulheres é muito mais agressivo do que o dos homens nos vagões mistos.

Ainda sobre o vagão das mulheres, é absurda a quantidade de homens que entram nele e fingem que não sabem que estão num lugar onde não deveriam; dizem que só perceberam depois que já tinham entrado e as portas se fecharam. Ora, se perceberam só depois das portas se fecharem por que não trocaram de vagão na estação seguinte? Eu acho que o vagão feminino deveria ser destinado às mulheres durante todo o dia, e não somente nos horários de rush.  Afinal, se tem menos gente circulando, qual o problema em se destacar um vagão durante o dia todo? E também acho que ele deveria ser diferente dos outros, pintado por dentro e por fora de uma forma que até mesmo os mais distraídos percebessem que ali homem não deveria entrar.  Embora o vagão exclusivo seja um direito garantido por lei, eu quase não o uso, por concordar a respeito do assédio agressivo e me sentir muito incomodada pelo barulho da mulherada.

A terceira observação é sobre a “cara” do brasileiro. É incrível a diversidade do nosso povo. Tem gente de todas as cores, alturas, formatos, feitios. Acho isso muito, mas muito bonito mesmo.

A quarta observação é quanto o sapato diz sobre uma pessoa. De modo geral, quase sem exceção, só de olhar o sapato/sandália dá pra saber como a pessoa se veste, como é o cabelo e, no caso das mulheres, a maquiagem. Parece que o que usamos nos pés acaba sendo uma grande fonte de informação sobre cada um de nós.

A quinta coisa que me chama a atenção é que grande parte das pessoas usa fone de ouvido, e, normalmente, com um volume muito alto. Acho que daqui a alguns anos, quase todos estarão apresentando problemas de audição, se é que já não os tem.

A sexta observação é que a maioria dos homens usam camisas listradas.

Pra terminar, uma observação boba: existem muito mais cores de esmalte do que eu poderia imaginar...


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segunda-feira, setembro 06, 2010

BALAIO MUSICAL (7)

Depois de tanto tempo sem escrever, resolvi fazer um novo post. Já estava mais do que na hora... aliás, já tinha passado - e muito - da hora de colocar um post novo.

Ontem, domingo, 5 de setembro, foi o casamento de uma das minhas primas mais novas. A cerimônia, linda, aconteceu no jardim da casa dela. A foto abaixo mostra um pedaço dele.




Para minha surpresa, a música de entrada do noivo e padrinhos faz parte da trilha sonora de um dos meus filmes favoritos e, embora seja uma música romântica, eu nunca a tinha ouvido em casamentos.

Bem, deixo com vocês a música, cantada pelo Switchfoot, grupo que a criou.



É, eu sei que Um amor para recordar é um filme água-com-açúcar, feito para adolescentezinhas romantiquinhas... mas eu gosto dele. Vai ver que ainda tem uma menininha romântica morando escondida dentro de mim...

Para quem quiser conferir a letra e a tradução: http://bit.ly/bxvov4




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sexta-feira, junho 11, 2010

AH, O AMOR...

Essa semana, visitando os blogs que sigo, cheguei no Folha Tremulante... , escrito pela minha amiga Simone, e encontrei um texto lindo, falando sobre amor. Gostei tanto que pedi autorização a ela e publico o mesmo aqui.




Ah, o amor... 
Silastie

Na próxima semana teremos a data brasileira para o dia dos namorados, não sei se por essa razão ou por nada muito específico resolvi escrever sobre o amor. A minha idéia de amor, talvez um pouco inusitada ou por demais romântica para muitos, mas é o que acredito que seja o amor verdadeiro.
 
Acredito em um sentimento tão raro e sublime que seria impossível não ser correspondido. Muito diferente do “gostar de alguém”, muito mais simples do que o “estar apaixonado”. 

Com o passar do tempo comecei a perceber que aquela idéia ingênua de que seria simples ter um relacionamento onde haja amor não é nada simples. E o que ouvi muitas vezes de amigos ou de mim mesma, querer alguém que apenas me ame e a quem eu ame. Isso é muito mais complexo que minha mente adolescente poderia possivelmente imaginar. Com o passar do tempo comecei a perceber que estar com alguém, seja casado ou namorando não significa que você ame ou seja amado. Sentimento é sempre algo bem controverso e é difícil em meio a um turbilhão de emoções você não acreditar verdadeiramente que está amando e finalmente encontrou o tão sonhado “amor da sua vida” até que o sonho acabe.

Não estou dizendo que não acredito no amor, muito pelo contrario sou uma romântica incurável. Não saberia duvidar dele nem por um minuto.

A questão é que nos últimos anos, especialmente depois dos 30, comecei a analisar mais de perto os relacionamentos de amigos, parentes e colegas, e cheguei a uma conclusão um pouco arrasadora... O amor, aquele genuíno, é um sentimento muito raro e são muito poucos os que realmente o encontram. Isso independe de estar solteiro ou casado, viver bem ou não no seu relacionamento. 

O que eu entendo por amor é um conjunto de coisas simples que acabam por forjar o mais complexo dos sentimentos.

Encontrar na ternura do olhar do outro o abrigo e refúgio para todo o mal, ao lado da pessoa amada sentir-se protegido. E ter o desejo intenso de proteger aquele a quem se ama de toda e qualquer dificuldade. 

Conseguir fazê-lo sorrir quando ele está cansado, e saber que o abraço que ele te oferecerá terá o mágico poder de fazer toda a dificuldade do seu atribulado dia ir embora.

Amar é querer andar de mãos dadas no parque, escrever bilhetinhos com palavras de carinho feito dois adolescente, isso independente da idade ou fase da vida na qual encontram-se. 

Quando se ama de verdade não importa o quão maravilhoso é o lugar onde se está, se o outro não estiver junto nada terá graça, porque no fundo você imagina que com aquela pessoa tudo seria mais divertido e mais bonito. Isso não significa que você pare de viver quando estiverem distantes um do outro, mas que acreditam que estar juntos é mais belo que qualquer outro prêmio.

Quem ama não consegue estar em um lugar legal e não lembrar da pessoa amada. Não pegar uma conchinha na areia da praia e levar de lembrança. 

Difícil não ver algo do qual o outro se agradaria e não lembrar instantaneamente da risada de satisfação que o outro daria se estivesse ali, e assim difícil não sorrir lembrando com ternura do seu amado distante e sentir aquela saudade que aperta o peito mas que ao mesmo tempo te traz alegria por saber que em breve estarão juntos novamente. 

Sabe quando você olha para a pessoa e vocês conseguem entender o que um e outro estão pensando e sem pronunciar uma única palavra os dois caem em uma gargalhada submersa em cumplicidade? Isso é amar.

Saber estar em silêncio e oferecer um abraço ou o ombro, e saber que poderá contar com isso quando você também precisar.

Ter uma musica secreta, que foi escolhida para embalar o romance. Ter prazer em dormir abraçado, ficar horas se olhando, perder-se no tempo enquanto conversam seja lá sobre qual assunto for. Não importa, o que vale é estarem juntos, rirem juntos, chorarem juntos, trocar juras de amor eterno. E acima de tudo entender que são abençoados e que foram agraciados com o mais sublime dos presentes, viver um grande amor.

Quem ama volta a ser criança, brinca de roda, de pipa, vai ao parque, come pipoca e algodão doce e tudo isso parece ser o programa mais divertido do mundo.

Quem ama também tem jantares românticos , regados a boa comida, bom vinho, boa conversa e muito carinho e ternura.

Outro dia ouvi o comentário de uma amiga, que na minha opinião encontrou esse amor de que falo. Ela disse algo como, depois de 12 anos ainda sinto um arrepio na espinha quando ele me beija. Quem ama de verdade guarda sempre o desejo dos primeiros dias de namoro, não importa o quanto o tempo passe ou o quanto fiquem juntos.

Quem encontra o amor verdadeiro terá sempre o melhor amigo no amado, pois tal cumplicidade não é possível ser encontrada em outra pessoa.
Quem ama de verdade espera sinceramente poder envelhecer junto, e entender que cada momento vivido ao lado da pessoa amada é muito, mas muito precioso...

“I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping
While you're far away and dreaming

I could spend my life in this sweet surrender

I could stay lost in this moment forever

Every moment spent with you

Is a moment of treasure...” 
(Diane Warren)



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quarta-feira, junho 09, 2010

BALAIO MUSICAL (6)

Ontem, procurando um vídeo no YouTube, acabei achando um outro, do Evanescence, um grupo de quem não conheço muita coisa, e por isso não posso dizer que gosto.

Mas gostei do que ouvi, e resolvi trazê-lo para o meu balaio.






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terça-feira, maio 25, 2010

LEMBRANÇAS DE UM TEMPO BOM

Meus pais nasceram e cresceram "na roça": meu pai numa vilazinha e minha mãe num sítio, chamado "Quenta-Sol", ambos perto de Sapucaia, já quase na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais.

Na minha infância, quase todos os domingos de manhã nós saíamos de Teresópolis e íamos visitar a parte da família que ainda morava na Vila Nossa Senhora Aparecida, a tal vilazinha.

Tenho boas lembranças desse tempo, que hoje parece tão distante. A casa dos meus avós não ficava rente ao chão, mas apoiada numa estrutura a quase um metro de altura, aberta em todas as laterais. Em baixo da casa, milhares de coisas velhas ficavam guardadas e eu, meus irmãos e meus primos passávamos horas ali, garimpando tesouros.. até um gramofone tinha lá.

Me lembro também da casinha de sapê do tio João Rosa, na verdade, meu tio-avô. Me lembro dos seus pés rudes, das mãos ásperas, mas que sempre traziam uma novidade qualquer para as "crianças da cidade": uma flor diferente, uma frutinha, um inseto colorido... 

Minha avó criava galinhas e tinha um galo que implicava com uma das minhas tias: era só ver a coitada que ele saía correndo, cacarejando e tentando bicar a mulher que corria, gritando por ajuda. Era uma cena muito, mas muito engraçada mesmo!

Meu avô sentava na poltrona da varanda e ficava horas ali, contando causos e mais causos. 

Minhas tias ficavam na cozinha, ao redor do fogão de lenha, que era feito de cimento tingido de vermelho e sempre tinha o fogo acesso. Pela janela da cozinha, o barulho da bica: a água desviada de um riachinho corria por uma canaleta feita de bambu gigante, que acabava num tipo de tanque, que era na verdade uma pedra escavada. Lembro que a gente colocava uma folha ou uma flor no início da canaleta e ficava acompanhando todo a trajeto, até o tanque. Era muito divertido ver a folha ou a flor descendo pela água, girando e dando um pulinho quando batia nas divisões dos gomos do bambu.

Ao longe, sempre tinha uma bela moda de viola tocando, música caipira de verdade, tipo Pena Branca e Xavantinho, Tonico e Tinoco, Milionário e Zé Rico e por aí vai...

Acho que vem daí o meu gosto por causos e música caipira: eles me trazem esses momentos de absoluta felicidade, e acho que só hoje eu percebi isso.

Bem, tudo isso me veio à mente depois de ter lido um poema lindo, que reproduzo aqui em baixo. Sei que é grande, mas vale a pena ser lido.



A RESPOSTA DO JECA TATU
Autor: Catullo da Paixão Cearense

Seu dotô, venho dos brêdo,
Só pra mode arrespondê
Toda aquela fardunçage
Qui vancê foi inscrevê!

Num teje vancê jurgano
Qui eu sô argum cangussú!
Num sô não, Seu Conseiêro.
Sô norte, sô violêro
e vivo naquelas mata,
como veve um sanhaçu!
Vassucê já mi cunhece:
Eu sô o Jeca Tatu!

Cum tôda essa má piáge,
Vassucê, Seu Senadô,
Nunca, um dia, se alembrô,
Qui, lá naquelas parage,
A gente morre de fome
E de sêde, sin sinhô!

Vassuncê só abre o bico,
Pra cantá, como um cancão,
Quano qué fazê seu ninho,
Nos gáio duma inleição!

Vassuncê, qui sabe tudo,
É capaiz de arrespondê
Quando é que se ouve,
Nos mato,
O canto do zabelê?

Em qui hora é qui o macuco
Se põe-se mais a piá?
E quando é que a jacutinga
Tá mio de se caçá?
Quando o uru, entre as foiage,
Sabe mais asubiá?

Qualé, de todas as arve,
A mais derêita, inpinada?
A qui tem o pau mais duro,
E a casca mais incorada?

Hem?

Vancê nun sabe quá é
A madêra qui é mais boa,
Pra se fazê uma canôa!

Vancê, no meio das tropa,
Dos cavalo, Seu Dotô,
Oiano pros animá,
Sem vê um só se movê,
Num é capáiz de iscuiê
Um cavalo iquipadô!

Eu quiria vê vancê,
No meio de uma burrada,
Somente pur um isturro,
Dizê, em conta ajustada,
Quantos ano, quantas manha,
Quantos fio tem um burro!

Vancê só sabe de lêzes,
Qui si faiz cum as duas mão!
Mais, porém, nun sabe as lêzes
Da Natureza, e qui Deus
Fêiz pra nóis, cum o coração!

Vancê nun sabe cantá,
Mais mió qui um curió,
Gemeno à bêra da istrada!
Vancê nun sabe inscrevê,
Num papé, feito de terra,
Quano a tinta é o do suó,
E quano a pena é uma inxada!

Se vancê nun sabe disso,
Num pode me arrespondê:
Óia aqui, Seu Conseiêro:
Deus nun fêiz as mão do home,
Somente pra ele inscrevê

Vassuncê é um Senadô,
É um Conseiêro, é um Dotô,
É mais do qui um Imperadô,
É o mais grande cirdadão,
Mais, porém, eu lhi agaranto,
Qui nada disso siría,
Naquelas mata bravia,
Das terra do meu Sertão.

A miséria, Seu Dotô,
Tombém a gente consola.
O orgúio é qui mata a gente!
Vancê qué sê persidente?
Eu sô quero ser...
Rocêro e tocadô de viola!

Vancê tem todo dereito
De ganhá cem mil pru dia!
Pra mió podê falá.
Mais, porém, o qui nun pode
É a inguinorânça insurtá,
A gente, Seu Conseiêro,
Tá cansado de isperá!

Vancê diz que a gente
Véve cum a mão no quêxo,
Assentado, sem fazê causo das coisa
Qui vancê diz no Senado.
E vassuncê tem razão!
Si nóis tudo é anarfabeto,
Cumo é que a gente vai lê
Toda aquela falação?

Priguiçôso? Maracêro?
Não sinhô, Seu Conseiêro!

É pruquê vancê nun sabe
O qui seja um boiadêro
Criá cum tanto cuidado,
Cum amô e aligria,
Umas cabeça de gado...
E, dipôis, a impidimia
Carregá tudo, cos diabo,
In mêno de quato dia!...

É pruquê vancê nun sabe
O trabáio disgraçado
Qui um home tem, Seu Dotô,
Pra incoivará um roçado...
E quano o ôro do mío
Vai ficano inbunecado,
Pra gente, intoce, coiê,
O mío morre de sêde,
Pulo só isturricado,
Sequinho, como vancê!

É pruquê vancê nun sabe
O quanto é duro, um pai sofrê,
Veno seu fio crescendo,
Dizeno sempre:
Papai, vem mi insiná o ABC!

Si eu subesse, meu sinhô,
Inscrevê, lê e contá,
Intonce, sim, eu havéra
Di sabê como assuntá!
Tarvêis vancê nun dexasse
O sertanejo morrendo,
Mais pió qui um animá!

Pru módi a puliticaia,
Vancê qué qui um home saia
Do Sertão, pra vim... votá?...
In Juaquim, Pêdo, ou Francisco,
Quano vem a sê tudo iguá?...

Priguiçôso? Madracêro?
Não!.. Não sinhô, Seu Conseiêro!

Vancê nun sabe di nada!
Vancê nun sabe a corage
Qui é perciso um home tê,
Pra corrê nas vaquejada!
Vossa Incelênça nun sabe
O valô di um sertanejo,
Acerano uma queimada!

Vamicê tem um casarão!
Tem um jardim, tem uma cháca.
Tem um criado de casaca
E ganha, todos os dia,
Quer chova, quer faça só,
Só pra falá... cem mirré!

Eu trabáio o ano intero,
Somente quando Deus qué!
Eu vivo, no meu roçado,
Mi isfarfando, como um burro,
Pra sustentá oito fio,
Minha mãe, minha muié!

Eu drumo inriba de um côro,
Numa casa de sapé!
Vancê tem seu... ortromóvi!
Eu, pra vim no povoado,
Ando dez légua, de pé!

O sór, têve tão ardente,
Lá pras banda do sertão,
Qui, in meno de quinze dia,
Perdi toda a criação!

Na semana retrasada,
O vento tanto ventô,
Qui a paia, qui cobre a choça,
Foi pus mato... avuô!

Minha muié tá morrendo,
Só pru farta de mezinha!
E pru farta de um dotô!
Minha fia, qui é bunita,
Bunita, como uma frô,
Seu Dotô, nun sabe lê!

E o Juquinha, qui inda tá
Cherano mêmo a cuêro,
E já puntêia uma viola...
Si entrasse lá, pruma iscola,
Sabia mais que vancê!

Priguiçôso? He... Madracêro?
Não... Não sinhô, Seu Conseiêro!...

Vancê diga aus cumpanhêro,
Qui um cabra, o Zé das Cabôca,
Anda cantano esses verso,
Qui hoje, lá no Sertão,
Avôa, de boca em boca:

(cantado)

Eu prantei a minha roça,
O tatu tudo cumeu!
Prante roça, quem quisé,
Qui o tatu, hoje, sou eu!

Vassuncê sabe onde tá o buraco
Adonde véve o tatu esfomeado?
Han?... Tá nos paláço da Côrte,
Dessa porção de ricaço,
Qui fêiz aquele palaço,
Cum sangre do disgraçado!

Vancês tem rio de açude,
Tem os dotô da Ingêna,
Qui é pra cuidá da saúde...
E nóis?... O qui tem? Arresponda!

No tempo das inleição,
Qui é o tempo da bandaiêra,
Nós só tem uma cangaia,
Qui é pra levá todas porquêra,
Dos Dotô Puliticáia!...

Sinhô Dotô Conseiêro,
De lêzes, eu nun sei nada!
Meu derêito é minha inxada,
Meu palaço é de sapé!
Quem dá lêzes pra famía
É a minha boa muié!

Vancê qué ser persidente?
Apois, seja!
Apois seja, Meu Patrão!
A nossa terra, o Brasí,
Já tem muita inteligênça,
Muito home de sabença,
Qui só dá pra... ó, ispertaião!
Leva o Diabo, a falação!
Pra sarvá o mundo intêro,
Abasta tê... coração!

Prus home di intiligênça,
Trago comigo essa figa:
Esses home tem cabeça.
Mais, porém, o qui é mais grande
Do que a cabeça... é a barriga!

Seu Conseiêro... um consêio:
Dêxe toda a birbotéca dos livro!
E, se um dia, vancê quisé
Passá ums dia de fome,
De fome e, tarvêiz de sêde,
E drumi lá, numa rêde,
Numa casa de sapê,

Vá passá comigo uns tempo,
Nos mato do meu sertão,
Que eu hei de lhe abri a porta
Da choça... e do coração!

Eu vorto pros matagá...
Mais, porém, oiça premêro:
Vancê pode nos xingá,
Chamá nóis de madraçêro.
Purquê nóis, Seu Conseiêro,
Nun qué sê mais bestaião!
Não!.. Inquanto os home di riba
Dexá nóis tudo mazombo,
E só cuidá dos istombo,
E só tratá di inleição...

Seu Conseiêro hái de vê,
Pitano seu cachimbão,
O Jeca-Tatu se rindo,
Si rindo... cuspindo
Sempre cuspindo,
Co quêxo inriba da mão!

Eu sei que sô um animá,
Eu nem sei mêmo o que eu sô.
Mais, porém, eu lhe agaranto
Qui o qui vancê já falô,
E o qui ainda tem de falá,
O qui ainda tem de inscrevê,
Todo, todo o seu sabê,
E toda a sua saranha...
Não vale uma palavrinha,
Daquelas coisa bunita,
Qui Jesuis, numa tardinha,
Disse, inriba da montanha...



Segundo Rolando Boldrin, Catulo da Paixão Cearense escreveu esse poema como uma resposta a um senador que disse numa entrevista que o caipira era um preguiçoso, por isso o nome "A Resposta do Jeca Tatu".

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sábado, maio 22, 2010

O ABRAÇO DO AVÔ

Naquela noite, ela foi dormir cedo, de tanto cansaço. Acordou de madrugada e ficou mais de uma hora tentando dormir e não conseguiu.

Pegou os óculos, tateando a mesinha de cabeceira no escuro. Levantou, ligou o computador e foi ver o que estava acontecendo no mundo virtual. Nada que despertasse interesse. Tirou os óculos. Chorou. Resolveu ler um pouco e pegou o livro que estava mais perto, por acaso, era a Bíblia. Abriu aleatoriamente em uma página e viu que, apesar das dores, estava fazendo o que era necessário naquele momento. Chorou mais um pouco, agradecida e aliviada, mas ainda triste.

Desligou tudo e resolveu voltar para cama. Dormiu, sonhou. Estava no quintal de uma casa antiga, conhecida. De repente, a porta se abre e ela vê o avô, que a chamava como nos tempos de menina. Corre para perto dele e recebe um abraço, que conforta e traz paz. Presta atenção para aproveitar cada instante daquele encontro: a textura da pele, o olhar, os poucos cabelos, o sorriso, a camisa azul, a calça clara. Não queria perder nenhum detalhe, nem sabia que estava com tanta saudade.

Acordou chorando, mas em paz. Descobriu que o abraço do avô era tudo o que ela precisava naquela madrugada. E ele veio abraçar a neta; só em sonho, mas veio.

Foi a segunda vez que ela sonhou com o avô, que falecera há quase vinte anos.


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sábado, abril 03, 2010

DE QUE SE ALIMENTA A SUA POESIA?




Ontem à noite fui dar uma volta na praia. O cenário não poderia ser mais bonito: céu praticamente sem nuvens, uma linda lua minguante, mas ainda quase cheia, o mar refletindo o brilho da lua. 

Andei na beirinha do mar, sentindo as ondas mornas molharem os meus pés.

Seria o momento ideal para deixar nascer a poesia. Mas, não. Aquele cenário tão lindo, que nem parecia de verdade, não me inspirou coisa alguma. Não trouxe saudades de amores antigos, nem esperança de um amor futuro.

A única coisa que senti foi a incômoda sensação de um presente vazio e seco.  Me perguntei como eu podia estar ali e não conseguir pensar em amor, nem em sonhos...  

Chorei.
E descobri que minha poesia não se alimenta de tristeza, nem de lágrimas.


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segunda-feira, março 08, 2010

VOCÊS NÃO SÃO FRUTAS! MULHERES É QUE SÃO!

Hoje, Dia Internacional da Mulher, um amigo meu, o Junior (a gente se conhece há tanto tempo que pra mim, é Juninho), escreveu esse texto lindo no site dele, o Crer é também pensar . Gostei tanto que publico aqui.

Ah... essa "Marcinha" aí citada sou eu.... hehehe 
Brigadinha, Zé!




VOCÊS NÃO SÃO FRUTAS! MULHERES É QUE SÃO
Por José Barbosa Junior 

No Dia Internacional da Mulher, quero falar daquelas que me são mais próximas, e a partir delas, homenagear a vocês, mulheres, pelo seu dia.

Em minha caminhada, muitas são as mulheres que ainda estão por perto. Minhas avós Dulce e Mercedes, Diva, a querida mãe, Daniela e Débora, as irmãs, Victória, Gabi e Danizinha, as três sobrinhas e, é claro, Isabela, a minha princesa, minha linda filha! 

Além dessas, muitas e queridas amigas às quais devo grande parte de meu aprendizado cotidiano e observação perene. A amizade incondicional da Marcinha, a dedicação e doação ao próximo da Kelly, a doçura e desejo de fazer o melhor da Andréia, o gosto musical apurado da Karen, a poesia da Joseli, a inteligência admirável da Denise, o jeitinho mineiro e carinhoso da Fernanda, a percepção aguçada da Dolores, e ainda poderia passar este texto todo enumerando qualidades e nomes...

Uma coisa em comum a todas estas admiráveis mulheres: são SIMPLESMENTE MULHERES!

Não abriram mão, em momento algum, da leveza e da sublimidade feminina em busca de uma “identidade” que lhes ofenda. Não se deixaram levar por aquilo que o mercado impõe ser a “mulher ideal”.

Não são melhores que nós homens, mas não se enganem: nós homens também não somos melhores que elas. Somos apenas diferentes! Que bom! Elas nos completam. Nos inspiram por sua beleza, por sua poesia natural, por seus olhos e olhares, qualidades que emanam do universo feminino sem que façam força para isso...

Nos arrancam de uma solidão, que nem Deus preenche. Sim! Por mais que o homem se encontrasse com Deus todos os dias, ainda assim o Criador, em sua imensa sensibilidade e seu amor infindável, “viu que o homem estava só”. Àqueles que arrogam não precisarem do colo feminino, saibam, nem Deus pensa como vocês...

Mas o principal dessas mulheres, e de tantas outras, é que não se transformaram em “frutas da estação”. Não reduziram sua beleza às nádegas e peitos siliconados para deixarem os homens “babando”. Não destruíram suas belezas em corpos “sarados”, mas desprovidos de conteúdo. Não são frutas, são mulheres! E como são belas!

Não se venderam como “um pedaço de carne na vitrine de um açougue”. Não foram seduzidas pelas lentes das “revistas do momento”. Não se deixaram embriagar pelos 15 minutos de fama, em detrimento de sua dignidade.

Abro parênteses. Acho engraçado quando as “Mulheres-frutas” vêm a público dizerem-se não valorizadas. Como assim??? É claro que são valorizadas... mas seus valores são os cifrões das capas de revista, os carros importados que ganham de seus “namorados”, em sua grande maioria jogadores de futebol, pagodeiros, e “artistas” emergentes. E se não têm namorados... é só fazer um programa de televisão para arrumar um... Triste fim dessas “valorosas” mulheres. Já receberam seus prêmios, e não valem mais que seus cachês... As “poesias” que inspiram não vão além de “tchutchucas”, “cachorras” e “preparadas”.

Como frutas, não se dão conta que são apenas produtos, na imensa prateleira dos supermercados machistas, que comem e jogam fora o caroço... isso quando a fruta não apodrece nos locais de exposição. Fecho parênteses.

Nesse dia tão especial para vocês mulheres, lembrem-se sempre: “Vocês não são frutas! Mulheres é que são!”

Portanto, encham a vida de poesia e beleza, com essa feminilidade que encanta e que nos deixa boquiabertos, com seu gingar que nos embala, com a inteligência e sabedoria que só vocês têm, capaz de seduzir e deixar “arriado” o mais insensível dos homens.

Celebrem a vida e o “ser mulher”. 

Nós homens, eternamente rendidos e inebriados, também teremos sempre o que agradecer...


José Barbosa Junior – 08 de março de 2010 


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terça-feira, fevereiro 23, 2010

BALAIO MUSICAL (5)

Hoje o meu balaio traz uma regravação e uma pergunta.

A regravação é a versão 2010 da música "We are the world", que ficou muito boa, sem dever nada à versão original e sem competir com ela também.



A pergunta é: Por quanto tempo nos importamos de verdade com as tragédias que acontecem com os outros? 


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terça-feira, fevereiro 02, 2010

POR AÍ (4)

Passarinhos tocam guitarra em galeria londrina


O músico francês Céleste Boursier-Mougenot é conhecido por produzir instalações nas quais ritmos da vida diária são colocados em contextos diferentes e produzem sons inesperados. Na exposição da qual participa na galeria de arte Barbican, em Londres, Boursier-Mougenot conseguiu inovar mais uma vez, agora usando animais.

A instalação consiste apenas em um grupo de mandarins (pássaros também conhecidos como diamante-mandarins) e uma guitarra elétrica plugada em um amplificador. Boursier-Mougenot adaptou a guitarra e o “viveiro” de uma forma que os pássaros se interessassem pelo instrumento (basicamente espalhando comida entre as cordas) e o resultado é mesmo estranho. 

Confira a “apresentação” no vídeo abaixo:

 



Fonte: http://colunas.epoca.globo.com/animal/2010/01/20/passarinhos-tocam-guitarra-em-galeria-londrina/


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quarta-feira, janeiro 27, 2010

SONS E SILÊNCIOS







Som de rio
Som de cachoeira

Som de mato
Som de floresta

Som de vento nas folhas
Som de insetos, pássaros e outros bichos

Do lado de fora, sons
Do lado de dentro, silêncios

Silêncios de lágrimas guardadas
Silêncios de feridas não cicatrizadas
Silêncios de despedidas doloridas e necessárias

Fecho os olhos
Deixo o som do rio lavar o silêncio da alma
Deixo o vento me surpreender com um abraço

Fico leve
Paz



Escrevi isso hoje, durante um passeio na Floresta da Tijuca, um dos meus recantos favoritos aqui no Rio de Janeiro. A foto também foi feita hoje lá.

ah... essa é minha postagem número 100! 



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terça-feira, janeiro 26, 2010

FISIOLOGIA





"Os meus olhos têm a fome do horizonte."
"A minha alma tem sede do infinito."

O meu espírito tem sede de eternidade. 

E o meu corpo sonha...







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sexta-feira, janeiro 15, 2010

BONS PROPÓSITOS DE VERDADE PARA O NOVO ANO

Dando uma olhada nos blogs que sigo, achei esse texto do Pr. Carlos Novaes. Bem, conheço o Pr. Novaes há alguns anos, desde que ele pastoreou a igreja da minha mãe, a Primeira Igreja Batista de Teresópolis. E, num momento em que a minha família precisou, ele foi pastor mesmo, cuidando muito bem de cada um envolvido na situação.

Quando saiu de Teresópolis, ele começou a pastorear a Igreja Batista de Barão da Taquara, em Jacarepaguá, aqui mesmo no Rio de Janeiro.

Recomendo a todos uma visitinha ao blog do Pastor Novaes; sempre tem coisa boa por lá.


Boa leitura e boa reflexão!


 

BONS PROPÓSITOS DE VERDADE PARA O NOVO ANO
Carlos Novaes

As pessoas costumam estabelecer propósitos para cada novo ano. Porém, no mais das vezes, esses propósitos circunscrevem-se tão somente em torno de bens terrenos, lucros financeiros, ascensão social, aquisições materiais, realização profissional, conquistas sentimentais, e coisas semelhantes.

Basta conferir os templos e os cinemas transformados em templos repletos de gente que vai atrás apenas do aumento salarial, da promoção no emprego, da casa própria e da cura para os males físicos mais diversos. Gente que só quer saber de prodígios e maravilhas. Gente incapaz de se adequar à realidade e enfrentar os naturais sofrimentos do cotidiano, preferindo armar tendas nos montes da transfiguração, esconder-se nas cavernas da alienação religiosa e enfurnar-se nos santuários do fanatismo a venerar os altares de Mamom.

Para o ano que inicia agora, sugiro propósitos diferentes — que nada ou bem pouco têm a ver com nossos caprichos capitalistas, imediatistas e superficiais, ou que nenhum vínculo mantém com essa cultura medíocre dos shoppings, marketings e polishops. São, na verdade, propósitos essenciais para nos sentirmos mais seres humanos e menos mercadoria, mais almas livres e menos mentes manipuladas, mais corações crescidos e menos animaizinhos adestrados.

Vamos a eles. Não são tantos. Dá para contar nos dedos de uma das mãos.


1. Demonstrar amor a Deus, não apenas por meio de cânticos fervorosos ou discursos eloquentes, mas principalmente obedecendo a vontade divina e os ensinos da sua Palavra. Os princípios e valores do Reino de Deus são a maior riqueza que alguém pode obter. Se os tem, e vive de acordo com eles, sinta-se rico. 

2. Demonstrar amor ao próximo, colocando em prática uma recomendação muito simples do Senhor Jesus aos seus discípulos: façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam (Mateus 7.12). O contrário também é válido: não façam aos outros o que vocês não querem que eles lhes façam.

3. Tenha muito cuidado com o que você cultiva em sua mente. O sábio já advertia em Provérbios: acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida. Pensamentos de rancor e vingança levam a ações de rancor e vingança. Desejos impuros provocam atos impuros. Sentimentos egoístas conduzem a gestos egoístas. Visões deturpadas abrem portas para interpretações deturpadas. Dentro de cada um de nós há sempre um cão e um lobo medindo forças. Fica mais forte aquele que mais alimentamos.

4. Antes de fazer críticas, faça autocrítica. E seja tão sincero na avaliação de si mesmo, e de suas próprias intenções, como você costuma ser na avaliação dos outros. Depois, é só lembrar-se das palavras de Jesus Cristo: quem não tem pecado, atire a primeira pedra. Ou do velho ditado: quem tem telhado de vidro, não jogue pedras no do vizinho.

 5. Machado de Assis dizia que seu manual predileto de sabedoria era o livro bíblico do Eclesiastes: quando me afligem os passos da vida, vou a esse velho livro para saber que tudo é vaidade; quando fico de boca aberta diante de um fato extraordinário, vou-me ainda a ele para saber que nada é novo debaixo do sol. Viva da mesma forma sábia. 


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sábado, janeiro 09, 2010

BALAIO MUSICAL (4)

Hoje o meu balaio reflete um pouco da melancolia que estou sentindo. E como não estou com inspiração pra escrever, deixo que ele mesmo revele o que sinto nesse fim de tarde.


"Deus de vez em quando me tira a poesia. 
Olho para uma pedra e vejo uma pedra mesmo." 
Adélia Prado







Pra quem se interessar, a letra e a tradução estão aqui: Vincent , por Josh Groban


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sexta-feira, janeiro 01, 2010

FILMES VISTOS EM 2010

  1. Julie e Julia (jan)
  2. Sherlock Holmes (jan)
  3. Hakani - Cerejeiras em flor (jan)
  4. Sete vidas (fev)
  5. Defiance - Um ato de liberdade (fev)
  6. Swing Kids (fev)
  7. Onde vivem os monstros (fev)
  8. Preciosa (mar)
  9. Hachiko - Sempre ao seu lado (mar)
  10. My sister's keeper (mar)
  11. tentei: Guerra ao terror (mar)
  12. O segredo dos seus olhos (mar)
  13. Chico Xavier (abr)
  14. Fúria de Titãs - 1981 (abr)
  15. Hachiko Monogatari (abr)
  16. Hotel Rwanda (abr) 
  17. As invasões bárbaras (jun) 
  18. Invictus (jun) 
  19. (500) Dias com ela (jun)
  20. O fio da suspeita (jun)
  21. Amazing Grace (jul)
  22. A festa de Babete (jul)
  23. O senhor das armas (jul)
  24. Toy Story 3 (jul)
  25. Eclipse (jul)
  26. Vicky Cristina Barcelona (jul)
  27. How to make an Americam quilt (set)


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    LIVROS LIDOS EM 2010

    1. Missão Integral; Ricardo Gondim (jan) 
    2. O Pequeno Príncipe; Saint-Exupéry (jan)
    3. Alma Sobrevivente; Philip Yancey (jan/fev)
    4. A Maratona da Vida; William Douglas (fev)
    5. Maravilhosa Graça; Philip Yancey (fev)
    6. The Lightning Thief; Rick Riordan (fev)
    7. O Livro Mais Mal Humorado da Bíblia; Ed René Kivitz (mar)
    8. Ocupado demais para deixar de orar; Bill Hybels (mar/abr)
    9. As crônicas e os contos de Zazo; Zazo, o Nego (abr)
    10. O impostor que vive em mim; Brennan Manning (mai)
    11. Tempus Fugit; Rubem Alves (jul)
    12. Decepcionado com Deus; Philip Yancey (jul)
    13. Os quatro amores; C. S. Lewis (ago)
    14. Códigos de Família; Zélia Gattai (ago)
    15. lendo: Falsos, metidos e impostores; Brennan Manning


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