terça-feira, maio 30, 2006

LÁGRIMAS OCULTAS


Tenho ouvido falar muito de Florbela Espanca...
Resolvi vasculhar a net e achei um site Jornal de Poesia http://www.secrel.com.br/Jpoesia/ , onde encontrei o soneto que transcrevo abaixo:

Lágrimas ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

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Fiquei curiosa com a obra dela...
E esse nome... Florbela Espanca... quero descobrir de onde vem...
Acho que vou começar minhas pesquisas!

2 comentários:

Anônimo disse...

Linda a poesia... e há muitas outras (ótimas!) da Florbela Espanca pra ler. A Haline é fã dela... e eu também. :-)

Um abraço!

Hernan disse...

Oi Marcia. Eu não sabia que você tinha um blog. Gostei.
Costumo comparar Deus a um poeta e sua criação a uma poesia. O problema é que perdemos isso de vista e começamos a achar que a vida é uma tese de doutorado.
Abs

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