terça-feira, dezembro 29, 2009

NOVO ANO, NOVO TEMPO


Ao fim de cada ano eu reflito sobre o ano que está acabando e o que está para chegar, tento lembrar das conquistas e dos fracassos, ver onde eu acertei e onde poderia ter agido diferente... e definir os objetivos do próximo ano. Nada demais, muitas pessoas fazem a mesma coisa.

Bem, quando comecei a pensar nisso, vi que preciso começar a anotar as coisas que acontecem, porque tive que me esforçar para lembrar de algumas delas. Talvez por isso estou com o sentimento de que 2009 está com o saldo negativo. Então, resolução nº 2: comprar uma agenda nova e lembrar de anotar os fatos, bons ou não, para ter uma melhor avaliação do que vou viver em 2010. (A resolução nº 1 já estou colocando em prática: voltar às minhas caminhadas matinais, meu momento de exercício e reflexão diários.)

Realmente 2009 não foi um dos meus melhores anos, e deixou algumas feridas. Mas, como diz um amigo meu, é melhor se desiludir do que viver na ilusão; viver na ilusão é viver o irreal.

Mas coisas boas aconteceram, claro. Conheci pessoalmente muitas pessoas que só conhecia pela net; visitei lugares que ainda não conhecia; me aproximei de amigos especiais; pude ver de perto a final do Campeonato Brasileiro no Maracanã, com o Flamengo sendo campeão...

De tudo o que aconteceu, uma coisa ficou marcada, tanto nos bons quanto nos maus momentos: o cuidado de Deus comigo, nas mais diferentes formas: falando através da Palavra; falando de formas mais subjetivas, mas que foram confirmadas na Palavra; suprindo algumas necessidades de forma muito clara. O interessante foi perceber que mesmo nas situações onde a tristeza superou a alegria pude perceber muito claramente esse cuidado.

Em 2009, muitas coisas não deram certo. Mas as coisas não dão certo: nós é que fazemos com que elas deem certo, como diz um texto do Ed René Kivitz. Então, a resolução nº 0 para 2010 é fazer com que as coisas deem certo... e pedir sabedoria a Deus para ver que se algo parece que deu errado, na verdade também deu certo.

Ano novo, esperança nova, num tempo novo.






FELIZ 2010!
Que em 2010 sua vida dê certo!  






sexta-feira, dezembro 25, 2009

JÁ É NATAL (6) - Mary did you know?

Uma das coisas que sempre me intrigou na história de Natal e de Jesus como um todo, foi a relação dele com Maria, sua mãe.

Maria devia ser uma adolescente quando recebeu a visita do anjo. O que será que se passou na cabeça dela quando soube que através dela Deus enviaria Jesus ao mundo? Será que ela tinha consciência plena de quem era Jesus? Será que quando ela olhava para aquele bebezinho no seu colo, ela via o EU SOU?

Bem, o autor (que eu não sei quem é) de "Mary, did you know?" fez essa e várias outras perguntas para Maria. Desde que conheci essa música, em 1997, ele faz parte do meu repertório natalino. Aqui, ela é cantada por um amigo virtual do orkut, o Tiago Costa.





FELIZ NATAL!!!
Que as suas perguntas sempre lhe levem para junto de Deus.

quinta-feira, dezembro 24, 2009

JÁ É NATAL (5) - Bela estrela, a mais bela poesia

Uma das vantagens da internet é que a gente sempre conhece outras pessoas e algumas delas valem a pena. Eu já conhecia o Thiago Azevedo de ouvir falar, por um amigo que temos em comum, mas passei a conhecê-lo um pouquinho mais depois de ler os seus blogs, Descanso da Alma e Manga e Poesia .

E num passeio pelos escritos do Thiago, achei uma poesia linda, que publico aqui:


BELA ESTRELA
Thiago Azevedo 

Uma estrela grita
Para longe no horizonte
Bem além de onde a vista avista
Bela estrela que guia
Os caminhantes perdidos
Na escuridão da vida
Rumo a um destino
A lhes dar guarida.

Estrela guia
Os simples e humildes
Que dormem sob sua luz
Ansiando um novo caminho
A dar boa paz, paz que reluz
De dentro da alma, dos corações
Estrela que anuncia
Boas novas de vida
Boas novas de paz.

Estrela de paz
Que trazes o que nasceu
E amor e vida nos deu
Pequena estrela
Veio nosso caminho iluminar
Um caminho de trevas
Um caminho sem paz
Bela e maravilhosa estrela
Que se chama amor
Que provém do Pai
Anuncia as boas novas de luz
Nos conduz de volta ao lar.




E falando de Natal e de poesia, me lembrei de uma música linda, de um outro amigo, Silvestre Kuhlmann, que nasceu poeta. Uma das suas músicas tá nesse video abaixo. Pena que no vídeo o finalzinho da música foi cortado, mas a letra está inteira aqui. 


A MAIS BELA POESIA
Silvestre Kuhlmann 

Esta é a mais bela poesia
Ver o Rei numa estrebaria
Esta é a mais bela poesia
O Deus onipotente
Dependente do colo de Maria


Esta é a mais bela poesia

Aquele que forjou o universo
Trabalhou numa carpintaria
Aquele que cavalga nas asas do vento fez
Do jumentinho sua montaria


Esta é a mais bela poesia
Ver Jesus em nosso dia-a-dia
E no meio dessa correria
Fazer com ele parceria, melodia
E ver no simples a mais bela poesia.




 


FELIZ NATAL!
Que em sua vida sempre haja música e poesia, porque Deus é poeta e nós somos poema dele.




.


segunda-feira, dezembro 21, 2009

JÁ É NATAL (4) - Já é Natal na Leader Magazine...



Eu vim de uma família grande, bem grande. Minha mãe tem doze irmãos e meu pai, nove. Esses meus dezenove tios tem uma média de quatro filhos, o que me deixa com cerca de 76 primos de primeiro grau. Todos os meus primos são casados e quase todos tem filhos, o que  faz com que eu tenha mais de cem primos de segundo grau. Ah! Eu tenho uma filha, dois irmãos, três sobrinhas...

E na minha família, marido de tia também é tio, mulher do primo também é prima e por aí vai. Então, imagina como eram as festas de fim de ano!

Bem, o que mais me lembro da época de Natal dos meus tempos de criança era a alegria por encontrar tanta gente, pois muitos moravam longe e ficávamos sem nos ver o ano todo. É lógico que como toda criança, estávamos ansiosos por nossos presentes, mas isso não era o principal.

Meu fim de ano era uma correria. A família da minha mãe, minha avó e a minha bisavó, todos batistas, moravam na mesma cidade que eu, Teresópolis. Meus avós paternos, muito católicos, moravam numa outra cidade, muito pequena, ainda no estado do Rio, mas já pertinho de Minas. A rotina era passar a noite do dia 24 na igreja, quando tinha culto, seguir para a casa dos meus avós paternos no dia 25, onde um grande almoço reunia boa parte da família do meu pai, e na volta dar uma passada na casa da minha avó materna. No dia 31 de dezembro passávamos a noite na igreja e o dia na casa da minha avó materna, onde acontecia o amigo oculto e um almoço.

Sinto saudade dessa época, em que o nascimento de Jesus era comemorado e o maior presente era poder estar com quem se ama, se sentir amado, se sentir parte da família, pertencer.

Hoje, infelizmente, dificilmente vejo esse “clima de Natal” nas pessoas. Todo mundo parece muito mais preocupado com os preparativos da festa e a compra de presentes do que com o sentido do Natal. Vitrines enfeitadíssimas convidam ao consumismo, num mundo em que o ter passou a valer mais do que o ser. Pessoas saem do supermercado com todos os ingredientes da ceia de Natal, mas nem percebem o menino sujo, esfarrapado e faminto sentado na calçada. Enquanto carregam sacolas e mais sacolas de presentes, não têm tempo de perceber a tristeza e a solidão no olhar de muitos com quem esbarram nos corredores lotados dos shoppings.

Alguns dizem que a culpa é da pós-modernidade, essa fatia do tempo em que estamos vivendo e que ensinou as pessoas a serem cada vez mais preocupadas com o eu e se esquecerem do nós. Pode ser que sim, pode ser que não. O que hoje é muito claro para mim é que vivemos a cultura do descartável: amo-muito-tudo-isso enquanto me der prazer, enquanto me for útil, enquanto eu puder tirar alguma vantagem; quando isso acabar, simplesmente descarto, sem ter o trabalho de me envolver, de me comprometer. Aliás, acho que essas são as palavras-chave: envolvimento e comprometimento. A maioria das pessoas quer distância delas e do que elas significam.

Mas o que me incomoda de verdade é ver que isso acontece entre os que se declaram cristãos. Penso na parábola do bom samaritano e me pergunto se no cristianismo pós-moderno tem lugar para o próximo ou se o eu tomou todo o espaço. E se não houver, ainda pode ser chamado de cristianismo?

Talvez seja menos complicado deixar essas perguntas de lado. Porque se formos pensar, talvez nos deparemos com a nossa própria falta de envolvimento e comprometimento. Então, comemoremos! Afinal, já é Natal na Leader Magazine!






FELIZ NATAL!
Que o sua vida seja marcada pela simplicidade do menino que teve a manjedoura como berço.




ps: Para quem não conhece, a Leader é a loja que tem o jingle “natalino” que mais gruda na minha cabeça, todo ano, nessa época: "Já é Natal na Leader Magazine..."


.

sábado, dezembro 19, 2009

JÁ É NATAL (3) - Músicas tradicionais

Por mais que a gente tente inovar, algumas músicas parecem estar tão ligadas ao Natal que fazem falta quando não são tocadas. Essas quatro aqui são alguns exemplos.




















FELIZ NATAL!
Que o amor de Deus sempre seja a melhor música da vida.



.

terça-feira, dezembro 15, 2009

JÁ É NATAL (2) - A lenda da bengalinha









Por essas voltas que o mundo dá, e pelas oportunidades que a vida nos apresenta, e porque Deus me deu a chance, eu tive a alegria de ter um “White Christmas”, um Natal com neve. E o mais interessante foi que a primeira neve daquele inverno começou a cair no dia 24 de dezembro, o que era muito tarde para a cidade em que morei, Chicago, nos Estados Unidos.

Bem, é muito interessante ver o clima de festa que se instala na cidade. Em novembro, já com muito frio, a cidade começa a se transformar. Engraçado que nós, moradores dos trópicos, costumamos associar a neve ao frio intenso e isso não é verdade. A neve só cai quando a temperatura está em torno de -3°C, o que quer dizer, no inverno lá de cima, que nem é tão frio assim... A neve pode se manter por semanas ou meses nas ruas por causa dos termômetros abaixo de zero, mas para nevar, a temperatura não pode estar muito fria.

E por mais que os Estados Unidos sejam o maior representante mundial do capitalismo, as pessoas parecem realmente viver um sentimento diferente nessa época. Você já imaginou andar nas ruas do Centro do Rio de Janeiro ou de São Paulo e ser cumprimentado por quase todo mundo que passa por você, com desejos de Feliz Natal, Feliz Ano Novo, Boas Festas? Pois eu vivi isso lá.

Eu sempre gostei de decoração de Natal. E morando em outro país, vi que a gente decora tudo quase igual a eles, com a diferença que temos um sol de 40°C sobre nossas cabeças, o que faz com que nossa neve seja de isopor ou algodão...

Um dos objetos mais usados na decoração lá – e nem tão usado aqui – é o “candy cane”, aquela bengalinha branca, que na verdade é uma bala de menta, bem gostosa por sinal, apesar de ser muito dura.

E há pouco tempo, eu descobri que uma lenda ronda a tal bengalinha.

Bem, lá no hemisfério norte, no tempo em que ainda não havia sido inventada a chupeta, os pais costumavam dar uma barrinha de açúcar para “acalmar” as crianças e os bebês. Um dia, por volta de 1670, o regente de um coro alemão colou essas barrinhas num cajado de pastor e as distribuiu para as crianças que estavam no culto de Natal. A partir desse momento, foi criado um costume que se espalhou pela Europa e as bengalinhas, enfeitadas com flores, passaram a ser usadas como decoração de Natal.

Lá pelo ano 1900, a bengalinha branca recebeu suas tradicionais listras vermelhas e o sabor de menta. E aqui se inicia a lenda: um doceiro do estado de Indiana, nos Estados Unidos, planejou o doce para contar a história do Natal.

A forma é o seu símbolo mais óbvio: dependendo da sua posição, é um J, de Jesus, ou pode ser o cajado de um pastor. Bem, os primeiros a receber a notícia do nascimento de Jesus foram os pastores, e Jesus mesmo disse que ele era o Bom Pastor, aquele que cuida, alimenta e lidera suas ovelhas.

O doce da bengalinha nos lembra que somos alimentados pelo Evangelho.
A dureza nos lembra que Jesus é a nossa rocha, nosso refúgio e fortaleza.
A brancura, que Jesus nasceu de uma virgem, permaneceu sem pecar por toda sua vida e nos purifica dos nossos pecados.

A bengalinha tradicional tem três listras finas e uma listra larga, todas vermelhas e pode ter uma listra verde.

A listra vermelha larga se refere ao sangue que Jesus derramou na cruz por nós; as listras finas, aos açoites que Jesus levou e através dos quais nós somos sarados.

Para algumas pessoas, a listra vermelha larga também pode se referir a Deus Pai e as listras finas, à trindade.

A listra verde representa o presente que Deus nos deu: a salvação através de Jesus (no hemisfério norte, a cor verde costuma ser associada ao ato de doar ou presentear).

O sabor de menta da bengalinha moderna é similar ao do hissopo, que no velho testamento é associado à purificação e ao sacrifício.

Talvez tudo isso seja só uma lenda. Mas que é bem interessante ver a história da nossa salvação resumida numa bengalinha doce, isso é!

  

FELIZ NATAL!
Que sua vida tenha o açúcar necessário para manter sua cabeça nas nuvens e a menta suficiente para manter seus pés no chão.



.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

JÁ É NATAL (1) - Aleluia, versão soul

Daqui a dez dias já é Natal!

Para começar a comemorar a data, mesmo que eu ainda não tenha entrado no clima natalino, aí vai uma versão muito boa de uma música muito antiga: Aleluia, do Messias de Handel, na visão soul de Quincy Jones.

Infelizmente, não achei o vídeo original da gravação, e o único que encontrei com a música original foi esse. Os outros vídeos eram corais cantando a música, e, pena, nem chegam aos pés da versão original do Quincy.




FELIZ NATAL!
Que a presença de Jesus traga paz ao seu coração, esteja você na calmaria ou na tempestade.



ps.: Essa música se encontra nesse CD ao lado... se alguém encontrar, pode me dar de presente... rsrsrs






.

terça-feira, dezembro 08, 2009

BALAIO MUSICAL (3)

O meu balaio hoje me trouxe uma música que fez muito sucesso no início dos anos 80 e que marcou meu final de infância/início de adolescência.

Me lembro que a letra dela foi estudada em uma das aulas de conversação do meu curso de inglês e que algumas frases ficaram pra sempre na minha mente.

Uma delas diz que "quando estou pra baixo e me sentindo triste, eu fecho os meu olhos e então posso estar com você". Hoje eu me peguei pensando nisso... Quando me sinto assim, quem eu vejo quando fecho os meus olhos? Com quem eu gostaria de estar?

E você? Quem está nos seus pensamentos num momento assim?





P.S.: Todas as traduções que eu achei estavam péssimas, com muita coisa errada; melhor se aventurar a tentar entender o inglês:  Nikka Costa, On my own

.

domingo, dezembro 06, 2009

“VOU SENTAR DO LADO SEU...”

Hoje fui apresentada pela Cristina Danuta a um blog muito interessante, o Timilique! .
Logo de cara encontrei um texto tão doce, tão verdadeiro, que me emocionei e resolvi postá-lo aqui, avisando a dona do blog, claro.

Espero que vocês gostem, assim como eu gostei.



************************************



“Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”
Livro de Amós , capítulo 3, verso 3



Antes do jantar, Valéria, 2 anos, apontando para si mesma, instruiu vagarosamente a avó:

-‘Vovó, eu vou sentar do lado seu…’

E continuou:

“ …e você senta do lado meu!”

A redundância foi uma graça. Totalmente permissível para a idade. Mas Valéria foi além da gracinha. Será que ela entendeu que para estar ao lado da avó na refeição, era importante que ambas quisessem estar uma ao lado da outra?  É como se dissesse: “Eu quero ficar ao seu lado e gostaria que você também quisesse estar do meu lado.” Algo como troca, reciprocidade, a comum intenção.

A isso os empresários chamam de alinhamento; os políticos, convergência; os filósofos, bem comum; e os religiosos, comunhão.

Em família chamamos isso de amor. Sem amor não se caminha nem se faz planos juntos. Sem amor espontâneo, recíproco e incondicional não se chega a lugar algum, nem se divide a mesa e o pão.


Helena Beatriz Pacitti , 02/12/2009

.

Related Posts with Thumbnails