Olhem só o que descobri: um soneto que D. Pedro escreveu quando ficou viúvo...
À Sempre para Mim Sentida Morte
da Minha Adorada Esposa a ...
Deus Eterno por que me arrebataste
A minha muito amada Imperatriz?
Tua divina vontade assim o quis?
Sabe que o meu coração dilaceraste.
Tu de certo contra mim te iraste,
Eu não sei o motivo, nem que fiz,
E co'aquele direi, que sempre diz:
Tu m'a deste, Senhor, tu m'a tiraste!
Ela me amava c'o maior amor,
E eu nela admirava a honestidade:
Sinto o meu coração quebrar de dor.
O mundo não verá mais n'outra idade
Modelo mais perfeito, nem melhor
D'honra e candura, amor e caridade.
[1826]
In: GUANABARA: Revista Mensal, Artística, Científica e Literária. Rio de Janeiro, v.2, n.3, p.96?, 1852
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quinta-feira, setembro 07, 2006
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