quinta-feira, abril 27, 2006

FALA, POETA!

Este texto foi escrito em 23 de abril, semana passada, para Junior, um grande amigo



Fala, Poeta!

Não deixes que a angústia
Seque a palavra na tua boca
Palavra que flui e ferve dentro de ti,
de teu coração, de tua mente

Fala, escreve...
Libera tuas palavras ao vento...
Deixa-as voar livremente
Entre flores e espinhos,
Entre raios de sol e gotas de chuva...

Fala, Poeta!
Mostra as feridas abertas,
O sangue pisado desse nosso povo!
Mostra também as flores,
A lua, o mar,
A gaivota planando sobre a tormenta!

Explode em palavras
Como vulcão em erupção...
Lança ao alto a tua voz!

Deixa escorrer teus pensamentos
Como lava quente,
Que fascina e assusta,
Que queima e arde,
Mas que faz pensar...

Fala, Poeta!
Derrama o bálsamo tirado
De onde só tu o sabes
Com dores que só tua alma sente

Não, Poeta!
Não te cales!

Não roubes o prazer de te ler...
Prazer egoísta e antropofágico
De ler tuas dores e teus próprios prazeres...

Fala, Poeta!
Precisamos te ouvir!


.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado pelo carinho, Marcinha.

Beijos do poeta.

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