Quase 4 meses depois, eis-me aqui novamente! Não, eu não deixo de escrever aqui por falta de assuntos para serem compartilhados. É que mais uma vez, estou vivendo uma fase de guerra entre razão e emoção, mente, coração e mãos. E assim, numa luta entre o que penso, sinto e escrevo, entre o querer dizer e o preferir não falar, fico calada.
Nunca me esqueci de uma conversa com um grande amigo que me disse, falando sobre Eclesiastes 3 (tempo para todas as coisas), que tanto o tempo de falar como o de calar são importantes e confundir os dois é um grande erro. Espero conseguir sempre distinguir entre cada um desses tempos... e me posicionar certo em cada um deles!
Bem, o que me trouxe aqui foi uma postagem muito interessante de uma amiga, a Simone, do blog Folha Tremulante, que eu já tinha lido há algum tempo, mas que sendo relida hoje, me falou mais alto. E falou mais alto porque tenho ouvido e lido o Luiz Felipe Pondé, que critica essa busca incessante pela felicidade, essa obrigação de ser feliz que a sociedade impõe e cobra de todos nós.
Eu concordo com os dois porque, embora seja muito bom estar feliz e ser feliz, será que a obrigação de estar cercado de felicidade por todos os lados, em todos os momentos, é saudável? E essa busca frenética acaba nos cegando para momentos deliciosos, que simplesmente deixamos passar...
E mais: dá pra ser completamente feliz se olharmos, mesmo que de relance, para esse mundo que nos cerca?
Não, não estou condenado a felicidade. Não tenho vocação pra masoquista. Mas quero estar mais atenta para o que me faz feliz hoje do que para todos os outros motivos para não estar feliz.
Acho que no Samba da Benção, Vinícius foi perfeito: "É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz no coração; mas pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza; é preciso um bocado de tristeza, senão, não se faz um samba, não."
Bem, deixo com vocês o texto da Simone. Boa leitura!
Nunca me esqueci de uma conversa com um grande amigo que me disse, falando sobre Eclesiastes 3 (tempo para todas as coisas), que tanto o tempo de falar como o de calar são importantes e confundir os dois é um grande erro. Espero conseguir sempre distinguir entre cada um desses tempos... e me posicionar certo em cada um deles!
Bem, o que me trouxe aqui foi uma postagem muito interessante de uma amiga, a Simone, do blog Folha Tremulante, que eu já tinha lido há algum tempo, mas que sendo relida hoje, me falou mais alto. E falou mais alto porque tenho ouvido e lido o Luiz Felipe Pondé, que critica essa busca incessante pela felicidade, essa obrigação de ser feliz que a sociedade impõe e cobra de todos nós.
Eu concordo com os dois porque, embora seja muito bom estar feliz e ser feliz, será que a obrigação de estar cercado de felicidade por todos os lados, em todos os momentos, é saudável? E essa busca frenética acaba nos cegando para momentos deliciosos, que simplesmente deixamos passar...
E mais: dá pra ser completamente feliz se olharmos, mesmo que de relance, para esse mundo que nos cerca?
Não, não estou condenado a felicidade. Não tenho vocação pra masoquista. Mas quero estar mais atenta para o que me faz feliz hoje do que para todos os outros motivos para não estar feliz.
Acho que no Samba da Benção, Vinícius foi perfeito: "É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz no coração; mas pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza; é preciso um bocado de tristeza, senão, não se faz um samba, não."
Bem, deixo com vocês o texto da Simone. Boa leitura!
Simone Pinheiro
A sociedade moderna coloca um peso muito grande no “ser feliz”, “estar tudo bem”, ter, ganhar, comprar, comprar e comprar...
A sociedade moderna coloca um peso muito grande no “ser feliz”, “estar tudo bem”, ter, ganhar, comprar, comprar e comprar...
A mídia mostra-nos incessantemente objetos que não precisamos, mas se não temos estamos fora do contexto.
Isso é muito cansativo... Outro dia ouvi uma reflexão muito interessante sobre o “tudo bem? “ aquela nossa expressão cultural de dizer oi sem muito compromisso. E no fim tudo, tudo mesmo... realmente é muita coisa pra estar bem.
O engraçado é que nunca havia parado pra pensar nisso, essa expressão traz um peso muito grande, uma cobrança subliminar, dando a impressão de que realmente é possível estar tudo bem, e se com a gente não está, temos um problema.
Não tive nenhum momento em minha vida onde estivesse tudo bem, não falo isso com melancolia, ou depressivamente. Simplesmente é assim, uma área da sua vida está totalmente resolvida , uma outra começa despencar.
Isso é muito cansativo... Outro dia ouvi uma reflexão muito interessante sobre o “tudo bem? “ aquela nossa expressão cultural de dizer oi sem muito compromisso. E no fim tudo, tudo mesmo... realmente é muita coisa pra estar bem.
O engraçado é que nunca havia parado pra pensar nisso, essa expressão traz um peso muito grande, uma cobrança subliminar, dando a impressão de que realmente é possível estar tudo bem, e se com a gente não está, temos um problema.
Não tive nenhum momento em minha vida onde estivesse tudo bem, não falo isso com melancolia, ou depressivamente. Simplesmente é assim, uma área da sua vida está totalmente resolvida , uma outra começa despencar.
Antes da mensagem do Claudio Manhães, eu sinceramente acreditava que só acontecia comigo e que pra todo o resto do universo realmente estava tudo certo... todo o resto do universo foi exagero, mas pelo menos meu vizinho, meu colega, meu primo, o ator da novela, o pop star, sei lá... pra alguém estava tudo certo.
Resolvi fazer um exercício, a começar pelos mais próximos pra entender se realmente fazia sentido o que ouvi na reflexão, e verdadeiramente eu não era a única a ter sempre algum probleminha a me incomodar. Olhar a minha volta, se você nunca fez isso eu o convido a fazer. Não se trata de torcer pelo mal alheio, mas apenas constatar que a vida é complicada pra todo mundo, e aí eu vou generalizar, todo mundo mesmo. Uns mais outros menos, mas tudo mundo tem problemas.
A idéia aqui não é te deprimir, fique tranquilo, muito pelo contrário. A idéia é basicamente tirar o peso, a obrigação de ser feliz a todo custo. E substituir essa perspectiva por ser contente. Contentamento, independente daquele, ou daqueles probleminhas que insistem em aparecer.
Vamos ignorar os problemas agora? Não... Essa não é a idéia, mas pense bem, tem alguma coisa na sua vida que vai bem, e você, eu, nós... estamos deixando de aproveitar porque ainda tem algo a ser resolvido em outra área, ai insistimos tanto em resolver , e vai que por azar conseguimos, mas aí deixamos de aproveitar o que estava bom, e gastamos tanta energia pra consertar isso que agora nem é tão legal assim mais. E surpresa, tem mais alguma coisa despencando na nossa vida. E assim segue o ciclo...
Precisamos parar de tentar estar bem em todas as áreas e realmente aproveitar o que no momento está bem. Estar bem a pesar do “e se...”
Isso facilita muito seguir em frente, viver cada momento, aproveitar cada fase. Mas e o resto? Bem o resto, vez ou outra irá se resolver, e se isso não acontecer você não aplicou todas as energias em deixar tudo perfeito mas sim, aproveitou os bons momentos que eram possíveis de serem desfrutados. Isso deixa-nos mais leves, sem aquela pressão social de ser feliz a qualquer custo, simplesmente aproveite o que tem nas mãos.
Seja livre pra viver intensamente o presente, com contentamento, sem tantos lamentos, aproveitando cada momento. Tenha uma vida mais leve, sem tantas cobranças, resumindo Carpe Diem!
"...Porque a vida não é certa... Nada aqui é certo. O que é
certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando,
sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo,
conseguindo...Quando a gente acha que encontrou todas as respostas, vem a
vida e muda todas as perguntas." Veríssimo
Resolvi fazer um exercício, a começar pelos mais próximos pra entender se realmente fazia sentido o que ouvi na reflexão, e verdadeiramente eu não era a única a ter sempre algum probleminha a me incomodar. Olhar a minha volta, se você nunca fez isso eu o convido a fazer. Não se trata de torcer pelo mal alheio, mas apenas constatar que a vida é complicada pra todo mundo, e aí eu vou generalizar, todo mundo mesmo. Uns mais outros menos, mas tudo mundo tem problemas.
A idéia aqui não é te deprimir, fique tranquilo, muito pelo contrário. A idéia é basicamente tirar o peso, a obrigação de ser feliz a todo custo. E substituir essa perspectiva por ser contente. Contentamento, independente daquele, ou daqueles probleminhas que insistem em aparecer.
Vamos ignorar os problemas agora? Não... Essa não é a idéia, mas pense bem, tem alguma coisa na sua vida que vai bem, e você, eu, nós... estamos deixando de aproveitar porque ainda tem algo a ser resolvido em outra área, ai insistimos tanto em resolver , e vai que por azar conseguimos, mas aí deixamos de aproveitar o que estava bom, e gastamos tanta energia pra consertar isso que agora nem é tão legal assim mais. E surpresa, tem mais alguma coisa despencando na nossa vida. E assim segue o ciclo...
Precisamos parar de tentar estar bem em todas as áreas e realmente aproveitar o que no momento está bem. Estar bem a pesar do “e se...”
Isso facilita muito seguir em frente, viver cada momento, aproveitar cada fase. Mas e o resto? Bem o resto, vez ou outra irá se resolver, e se isso não acontecer você não aplicou todas as energias em deixar tudo perfeito mas sim, aproveitou os bons momentos que eram possíveis de serem desfrutados. Isso deixa-nos mais leves, sem aquela pressão social de ser feliz a qualquer custo, simplesmente aproveite o que tem nas mãos.
Seja livre pra viver intensamente o presente, com contentamento, sem tantos lamentos, aproveitando cada momento. Tenha uma vida mais leve, sem tantas cobranças, resumindo Carpe Diem!
"...Porque a vida não é certa... Nada aqui é certo. O que é
certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando,
sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo,
conseguindo...Quando a gente acha que encontrou todas as respostas, vem a
vida e muda todas as perguntas." Veríssimo
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