As festas de fim-de-ano sempre foram muito comemoradas pela minha família. E família grande, diga-se de passagem: minha mãe tem doze irmãos, e o meu pai, nove. Era sempre assim: almoço do dia de Natal com minha família paterna e almoço de Ano Novo com minha família materna. E era sempre muito bom, divertido, alegre: eram dias em que a enorme família podia se encontrar, botar o papo em dia, rever pessoas que, por morarem longe, muitas vezes só encontrávamos nesse dia.
E apesar da barulhenta reunião, uma característica sempre se mantinha nas duas festas: agradecer a Deus pelo nascimento de seu filho e pelo ano que se encerrava e pedir pelo que se iniciava. Não tinha como ser diferente, sendo membro de uma família com fortes tradições cristãs (a paterna, católica; a materna, protestante).
De um tempo pra cá, porém, vejo muitas famílias (não a minha!) se distanciarem da comemoração do Natal, alegando ser este uma festa pagã. Esse fato sempre me causou estranhamento e tristeza. Afinal, se faço a festa do meu aniversário em um dia em que alguém comemorar alguma festividade pagã eu estaria "paganizando" a minha comemoração?
Bem, a esse respeito, encontrei no site Prazer da Palavra, um texto simples e direto, que reproduzo aqui abaixo.
Ah... antes que eu me esqueça, tenham todos um Feliz Natal! Como disse o Carlinhos Veiga hoje cedo no Twitter, Natal é a anunciação cósmica do grande amor de Deus.
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
O Natal tem sido combatido por estranhos cristãos. Alegam que o Natal é a festa pagã do culto ao Sol. Conclusão precipitada. Tendo que escolher uma data, escolheu-se aquela porque se considera que Cristo é o sol da justiça (Malaquias 4.2). Combatem a árvore de natal, dizendo-a resquício do culto pagão às árvores. Esquecem que a Bíblia abre e fecha com a presença de uma árvore (Gênesis 3.9 e Apocalipse 22.14). Mas o estranho é guradarem festas judaicas, que se tornaram festas pagãs com o advento de Cristo, sendo coisas passadas à luz de Colossenses 2.16-17.
O cristianismo e a Bíblia expressam as verdades de Deus na cultura do povo, não em uma cultura angelical. Os quatro títulos duplos que aplicamos a Jesus, em Isaías 9.6 (“Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”) eram usados na sagração do novo Faraó, no Egito. O profeta os aplicou a Jesus. O domingo, dia do Senhor, era o dia do culto ao Sol, na mitologia de alguns povos europeus. Mas o dia em que Cristo ressuscitou. Não é preciso negar ou modificar tudo porque se descobriu um aspecto que não corresponde ao que pensávamos. Isto é insensatez: jogar tudo fora por causa de uma parte. Meio entendimento é pior que nenhum entendimento. Principalmente se produz estabanamento intelectual.
Natal não é festa pagã. Isso soa como falta de inteligência. É a comemoração do nascimento de Jesus. Se a data não foi 25 de dezembro, qual é o problema? A Páscoa, quando se comemora a morte de Cristo, cada ano cai num dia. Mas não invalida a morte vicária de Cristo.
O legalismo e a postura de alguns em reinventar e redescobrir o evangelho são atitudes negativas. Pergunte-se a um cristão sincero, não desses cheios de empáfia que descobriram que todo mundo fez tudo errado até hoje, o que ele comemora no dia 25 de dezembro. Ele dirá: “O nascimento de Jesus”. Na falta de data específica, ficou-se com esta. Qualquer outra suscitaria uma crítica de alguém. Que critiquem.
O erro não é comemorar o nascimento de Jesus. O erro é trocá-lo por Papai Noel, é olhar o aspecto apenas humano e sentimental da ocasião e esquecer o aspecto espiritual. Por isto, comemore o Natal. Com gratidão a Deus. Louve-o por seu Filho, Jesus Cristo, nosso Salvador.
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
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