Ontem à noite fui dar uma volta na praia. O cenário não poderia ser mais bonito: céu praticamente sem nuvens, uma linda lua minguante, mas ainda quase cheia, o mar refletindo o brilho da lua.
Andei na beirinha do mar, sentindo as ondas mornas molharem os meus pés.
Andei na beirinha do mar, sentindo as ondas mornas molharem os meus pés.
Seria o momento ideal para deixar nascer a poesia. Mas, não. Aquele cenário tão lindo, que nem parecia de verdade, não me inspirou coisa alguma. Não trouxe saudades de amores antigos, nem esperança de um amor futuro.
A única coisa que senti foi a incômoda sensação de um presente vazio e seco. Me perguntei como eu podia estar ali e não conseguir pensar em amor, nem em sonhos...
Chorei.
E descobri que minha poesia não se alimenta de tristeza, nem de lágrimas.
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